A Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) vem se preparando para seu próximo concurso público. Nesse sentido, recentemente, o Conselho Deliberativo do órgão aprovou a distribuição das 300 vagas que irá ofertar.
Isto é, tratam-se de oportunidades que o Governo Federal já autorizou e que estarão na nova seleção.
Junto destas, ainda, há a expectativa de que a fundação forme um cadastro de reserva. Assim, durante o prazo de validade do concurso, poderá convocar candidatos para além das vagas ofertadas.
Há uma demanda de 1.300 vagas por todas as unidades da Fiocruz. Destas, os diretores declararam 900 como prioritárias, o que dá maiores indicativos de que haverá o cadastro de reserva.
Outro fator que influencia na convocação de mais candidatos é a existência de 704 postos de trabalho desocupados na fundação.
Com uma grande demanda para o quadro de servidores, o presidente Mario Moreira e o diretor-executivo Juliano Lima analisaram a distribuição das vagas.
“Um tema dessa natureza suscita um debate mais complexo sobre como a instituição vai se organizar para dar conta das crescentes demandas de saúde e qual o olhar do próprio governo sobre a Fiocruz para que possamos permanecer com um papel estratégico para o estado brasileiro”, declarou Moreira.
Assim, as decisões políticas do Governo Federal também terão influência em como a fundação ofertará suas vagas no futuro.
Quais serão os cargos da Fiocruz?
O Governo Federal realizou a autorização de vagas para diversos órgãos federais, por meio do Ministério da Gestão e Inovação (MGI). No caso da Fiocruz foram 300 vagas, que se destinam aos cargos de:
- Analista de gestão em saúde, com 100 vagas;
- Pesquisador em saúde pública, com 100 vagas; e
- Tecnologista em saúde pública, com 100 vagas.
No caso destas vagas, será necessário que o candidato apresente nível superior de formação. Então, no que diz respeito à remuneração, serão:
- R$8.251,29 para os cargos de Analista e de Tecnologista;
- R$9.145,37 para o cargo de Pesquisador.
Neste total já estão o vencimento básico, gratificação e auxílio-alimentação que é de R$658. Além disso, os servidores da Fiocruz poderão contar com adicionais por titulação acadêmica, ou seja, no caso de ter mestrado ou doutorado.
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Vê-se, portanto, que será um concurso bem atrativo para aqueles que já estão dentro do perfil do cargo. Assim que o edital sair será possível saber maiores detalhes das oportunidades.
Confira as lotações
Além de analisar a necessidade de mais vagas, o Conselho Deliberativo da Fiocruz também definiu as lotações dos cargos.
Dessa forma, as 300 vagas se dividirão da seguinte forma nos estados de:
- Amazonas, no Instituto Leônidas e Maria Deane (ILMD);
- Bahia, no Instituto Gonçalo Moniz (IGM);
- Ceará, em escritório;
- Distrito Federal, na Gerência Regional de Brasília (GEREB);
- Mato Grosso do Sul, em escritório;
- Minas Gerais, no Instituto René Rachou (IRR);
- Paraná, no Instituto Caros Chagas (ICC);
- Pernambuco, no Instituto Ageu Magalhães (IAM);
- Piauí, em escritório;
- Rio de Janeiro, no Instituto Oswaldo Cruz (IOC); Biomanguinhos; Instituto Fernandes Figueira (IFF); Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (ENSP); Farmanguinhos; Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI); Casa de Oswaldo Cruz (COC); Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (ICICT); Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV); Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS); Coordenação Geral de Gestão de Pessoas (COGEPE); Coordenação Geral de Infraestrutura dos Campi (COGIC); Coordenação Geral de Administração (COGEAD); Instituto de Ciência e Tecnologia em Biomodelos (ICTB); Coordenação Geral de Gestão de Tecnologia da Informação (COGETIC); Controladoria/Auditoria; Corregedoria; Coordenação Geral de Planejamento Estratégico (COGEPLAN); e Ouvidoria; e
- Rondônia, em escritório.
Assim, a depender do cargo, o candidato poderá trabalhar em um dos locais acima.
Edital deve sair em dezembro
Inicialmente, a Fiocruz indicava que poderia participar do Concurso Nacional Unificado (CNU). Isto é, o novo modelo de concursos do Governo Federal que irá unificar a aplicação de provas para diversos órgãos, como faz o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) em relação às universidades.
No entanto, a fundação agora indica que fará o certame por conta própria.
Sobre o assunto, a Fiocruz publicou uma nota entendendo a importância do novo formato que o Governo Federal propôs. Contudo, explicou que os cargos da fundação têm muitas especificidades, o que pesou pela escolha de concurso independente.
“Apesar dos méritos da proposta do concurso unificado, especialmente no que tange à capilarização dos locais de aplicação de provas, o concurso da Fiocruz possui muitas especificidades e o direcionamento institucional é de viabilizar a organização própria para o concurso 2023 da Fiocruz”, declarou.
Desse modo, espera-se que a divulgação do edital ocorra no mês de dezembro de 2023.
Quando o governo autorizou as vagas, este estipulou um prazo de 180 dias para que todos os órgãos postassem seus editais. Logo, a Fiocruz deve divulgar o seu até o dia 13 de dezembro.
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Caso contrário, a autorização não terá mais validade e qualquer outro concurso deverá passar por nova análise do Governo Federal.
Como foi o último concurso da Fiocruz?
Aqueles que desejam trabalhar na Fiocruz já podem reforçar os preparativos para o próximo concurso público. Nesse sentido, uma boa forma de fazê-lo é estudando por meio de provas anteriores.
Assim, o candidato consegue entender o estilo de provas, temas mais cobrados e o que se exige de cada cargo, por exemplo.
No caso da Fiocruz, o último concurso ocorreu em 2016, quando o órgão ofertou um total de 119 vagas. Algumas destas oportunidades coincidem com as que estarão no futuro concurso, sendo:
- 58 vagas para Pesquisador, que exigia nível superior de formação, com remuneração de R$7.159,06;
- 61 vagas para Técnico, que exigia nível médio completo, com remuneração de R$3.418,81.
Logo, será interessante conferir a prova anterior para aqueles que desejam tentar as vagas de Pesquisador.
As lotações foram para cidades de diferentes estados como, por exemplo:
- Rio de Janeiro;
- Ceará;
- Rondônia;
- Pernambuco;
- Paraná;
- Bahia;
- Amazonas;
- Minas Gerais; e
- Piauí.
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No que diz respeito às etapas de avaliação, todos os candidatos passaram por provas objetivas. Além disso, para o cargo de Pesquisador, também houve avaliação de títulos, ou seja, com análise da vida acadêmica e experiências profissionais do candidato.