Com a transição da estação do verão para o outono, uma mudança marcante no clima é esperada em muitas regiões, trazendo consigo o potencial para eventos meteorológicos extremos. Nas últimas semanas do verão e nos primeiros dias de outono, particularmente na região centro-norte do país, é comum observar acúmulos significativos de chuva, muitas vezes ultrapassando os 100 milímetros por dia. Essa condição é resultado da combinação entre o calor característico do verão e a alta umidade presente na atmosfera.
Durante o verão, as temperaturas elevadas contribuem para o aumento da evaporação da água, resultando em uma atmosfera carregada de umidade. Quando a estação muda para o outono, ainda podemos experimentar essas condições climáticas quentes e úmidas, que por sua vez podem desencadear a formação de grandes áreas de instabilidade e tempestades.
De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), entre os dias 18 e 25 de março, a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) continuará influenciando as instabilidades no extremo norte do Brasil, causando chuvas fortes.
Na região Norte, são esperadas pancadas de chuvas, com valores que podem ultrapassar os 100 milímetros, principalmente em áreas do Amazonas, Pará, Rondônia e Tocantins. As chuvas mais intensas podem vir acompanhadas de rajadas de vento e trovoadas.
No Centro-Oeste, a chuva deverá ser mais regular durante uma semana. Os estados de Mato Grosso e Goiás terão os volumes mais expressivos de chuvas e poderão ficar em torno de 70 mm/dia. Por outro lado, em Mato Grosso do Sul, a chuva deverá ser irregular, com total em média de 40 mm, em 24h.
A chuva também cairá com mais intensidade no norte da região Nordeste. Áreas dos estados do Maranhão, Piauí e Ceará registrarão os maiores acúmulos, que poderão atingir os 100 mm/dia. Mas, no leste da região, as chuvas deverão ser menos intensas quando comparadas com a semana anterior, com valores em torno de 40 mm.
Para a região Sudeste, a previsão é de mais chuva no estado do Rio de Janeiro, Vale do Paraíba e litoral norte de São Paulo e no sul e Zona da Mata de Minas Gerais, com acumulados em torno de 80 mm/dia. Pontualmente, pode ser registrada chuva mais intensa, acompanhada de rajadas de vento e trovoadas.
Por fim, a região Sul terá uma semana marcada por temporais isolados, especialmente nas áreas do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. O total de chuva pode ficar em torno de 80 mm.
O outono no hemisfério Sul acontecerá às 0h06 (horário de Brasília) desta quarta-feira (20) e terminará em 21 de junho, às 17h51. A estação é considerada de transição entre o verão quente e úmido e o inverno frio e seco, principalmente na parte central do país. Neste período, as chuvas são mais escassas no interior do Brasil, em particular no semiárido nordestino.
Na parte norte das regiões Norte e Nordeste, ainda é época de muita chuva, principalmente há a persistência da ZCIT ocorrendo mais ao sul de sua posição climatológica. A estação também é caracterizada por incursões de massas de frio, oriundas do sul do continente, que provocam o declínio das temperaturas do ar, principalmente na Região Sul e parte da Região Sudeste.
Durante a estação, o Inmet aponta as primeiras ocorrências de características adversas típicas do outono, como: nuvens nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste; localizados nas regiões Sul e Sudeste e em Mato Grosso do Sul; neve nas áreas serranas e nos planaltos da Região Sul e friagem no sul da Região Norte e nos estados de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso.
As condições climáticas do final do verão no Brasil podem trazer precipitações intensas em várias regiões do país, devido à combinação de calor e alta umidade. Por isso, é importante ter ciência das consequências e tomar as medidas preventivas para garantir a segurança durante esse período.
“A transição do verão para o outono é um período de mudanças climáticas significativas em todo o país, com potencial para chuvas intensas em várias regiões. Portanto, é essencial estar preparado e informado sobre as condições do tempo.” – Especialista em Meteorologia.