O Governo Federal bateu o martelo e decidiu que não vai mais pagar o Auxílio Emergencial. De acordo com as informações oficiais, o último pagamento do programa aconteceu oficialmente ainda no final do último mês de outubro. Desde então, o Palácio do Planalto não fez mais nenhum repasse regular do projeto.
De acordo com relatos nas redes sociais, isso acabou prejudicando muita gente. Informações do próprio Ministério da Cidadania dão conta de que algo em torno de 25 milhões de pessoas estão sem receber nenhum tipo de ajuda do estado há cerca de quatro meses. E não há previsão de uma saída dessa situação.
Acontece, no entanto, que agora há uma ala do Governo Federal que está temendo que isso acabe se virando contra o próprio Palácio do Planalto. Em um português claro, eles temem que isso possa acabar atrapalhando os planos do presidente Jair Bolsonaro na campanha pela reeleição neste ano.
O fato é que mesmo depois de quatro meses do fim dos repasses do programa, uma parte importante da população ainda está pedindo pelo retorno do benefício. À essa altura, o Governo Federal já esperava que as pessoas já tivessem se acostumado com o fato de que não haverá nenhum tipo de pagamento para elas neste projeto.
Além disso, o plano do Governo de usar o Auxílio Brasil para fazer as pessoas esquecerem do programa anterior também não estaria dando certo. Por isso, essa ala do Palácio do Planalto estaria preocupada com o impacto que a decisão do fim do projeto social pode ter na campanha eleitoral deste ano.
No discurso, o Governo Federal afirma que o Auxílio Brasil representou um aumento no número de usuários do projeto. Eles fazem oficialmente uma comparação entre o antigo Bolsa Família e o atual programa social.
Por essa perspectiva, é fato que os dois projetos sociais têm mesmo essa diferença. O número de atendidos passou de cerca de 14 milhões de pessoas para 18 milhões de brasileiros, segundo dados da folha de pagamento de fevereiro.
Só que quando se considera os números do antigo Auxílio Emergencial, a situação muda. Por esse prisma, o Governo Federal deixou de atender cerca de 20 milhões de pessoas em um período de quatro meses.
De acordo com as informações de bastidores, o mais provável neste momento é que o Auxílio Emergencial do Governo Federal não volte. Pelo menos é isso o que as principais autoridades do Palácio do Planalto estão dizendo agora.
Mas é preciso prestar atenção nas nuances. Nós ainda estamos em um ano eleitoral. Então a pressão popular pode definir muita coisa daqui para frente. Agora é aguardar para ver o que vai acontecer de fato.
Considerando apenas os números do ano passado, dá para dizer que o Auxílio Emergencial chegou a atender cerca de 39 milhões de pessoas. Esse foi o número de brasileiros que receberam pelo menos uma parcela do benefício em 2021.