Fim do auxílio emergencial deve deixar 38 milhões sem assistência, diz estudo
Estudo feito pela Fundação Getulio Vargas calculou o impacto do fim do auxílio emergencial
A Fundação Getulio Vargas (FGV) fez estudo calculando o impacto do fim do auxílio emergencial, que termina de ser pago em dezembro. Segundo o estudo, o fim do programa deve deixar aproximadamente 38 milhões de brasileiros sem assistência. Esse grupo abrange principalmente os brasileiros de baixa renda, pouca escolaridade e em trabalhos informais.
O estudo falou também sobre a importância e necessidade do governo criar novas políticas assistenciais após o fim do auxílio, que foi criado para ajudar os trabalhadores informais durante a crise causada pela pandemia do novo coronavírus.
De acordo com o estudo da FGV, 38 milhões são os brasileiros que receberam a primeira parcela do auxílio emergencial e não estão inscritas no Cadastro Único (CadÚnico) e também não receberão o Bolsa Família após o programa emergencial chegar ao fim.
Os 38 milhões de brasileiros correspondem a 61% dos que receberam o auxílio emergencial. Ao todo, 64% são trabalhadores informais, 74% possuem renda de até R$ 1.254 e grande parte tem baixa escolaridade, com no máximo ensino fundamental completo.
A pesquisa não levou em conta quem recebeu auxílio sem ter direito. Até agosto, havia 6,4 milhões de brasileiros em situação de irregularidade, de acordo com relatório do Tribunal de Contas da União (TCU). O número inclui, por exemplo, funcionários públicos e militares.