A partir desta quinta-feira (1º), os estados brasileiros implementarão mudanças na forma de cobrança do ICMS sobre a gasolina. A medida tem potencial para aumentar o preço médio do litro do combustível no país, de acordo com estimativas de consultorias. O ICMS estadual será agora cobrado com uma alíquota fixa de R$ 1,22 por litro, valendo para todos os estados.
Até esta quarta-feira (31), o cálculo do imposto poderia variar de 17% a 23%, dependendo da região. Segundo o Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), sob o sistema anterior, a média do ICMS cobrado pelos estados era de aproximadamente R$ 1,0599 por litro de gasolina, abaixo da nova alíquota fixa.
Com a implementação do novo valor de R$ 1,22 por litro, estima-se que haverá um aumento médio de R$ 0,16 por litro no mês de junho, representando um aumento médio de 22% apenas no ICMS, de acordo com o CBIE. Vale ressaltar que o ICMS representa apenas uma parte do preço total da gasolina, já que, segundo a Petrobras, o imposto estadual corresponde a 20,5% do custo total do produto para o consumidor.
A unificação das alíquotas do ICMS sobre a gasolina, com a adoção de um valor fixo de R$ 1,22 por litro em todos os estados, terá efeitos distintos nos preços dos combustíveis em cada região do país. Apenas Alagoas, Amazonas e Piauí podem apresentar redução no preço final da gasolina.
No entanto, na última terça-feira (30), o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, avaliou que a nova tributação do ICMS terá um impacto marginal no consumidor. Segundo ele, a nova alíquota será compensada pela melhora do cenário externo no valor da gasolina, com a queda no preço do barril de petróleo no mercado internacional.
O ICMS fixo, que é a cobrança de uma alíquota fixa desse imposto em vez de uma porcentagem variável, apresenta tanto vantagens quanto desvantagens para os consumidores e o setor empresarial. Veja a seguir:
Vantagens do ICMS fixo:
Desvantagens do ICMS fixo:
É importante ressaltar que as vantagens e desvantagens do ICMS fixo podem variar dependendo do contexto econômico e das características específicas de cada estado ou região. No caso da gasolina, por exemplo, a unificação do imposto pode ser vantajosa para algumas regiões, mas desvantajosa para outras.