Diante da crise sanitária instalada no país e em todo mundo, devido ao novo Coranavírus, as pesquisas científicas e produções de vacina, vêm ganhando mais interesse público, já que a imunização é o único meio de evitar algumas doenças virais, como é o caso da Covid-19.
Além da Covid-19, outros vírus vêm sendo investigados por diversos institutos de pesquisa, como a Dengue, por exemplo, que desde 2013 tem sido alvo de um estudo no Butantan.
Apesar de ser possível, assim como foi no caso da Covid-19, criar uma imunização em prazo emergencial, vale destacar, que essa demora no licenciamento de uma possível vacina contra dengue, decorre do fato desta doença ser sazonal, ou seja, ocorrer de tempos em tempos.
Seguindo esta realidade, a atenção contra a doença, tanto da população como do poder político, acaba sendo enfatizada apenas durante os picos de ocorrências, que geralmente acontecem nos períodos mais chuvosos e quentes.
Outro fato que resulta na delonga do licenciamento das vacinas em estudos, é fato da Dengue ser mais recorrente em países tropicais e subtropicais nos continentes asiático, africano e na América Latina. Estes fatores acabam diminuindo o interesse politico, principalmente, das grandes potencias mundiais em apostar nas pesquisas e produções de vacinas contra a Dengue.
Ademais estas questões políticas e sociais, outro motivo que faz com que as vacinas que já estão em estudo da Dengue não siga o mesmo caminho do rápido licenciamento da vacina da Covid, está ligado a abordagem da própria ciência.
Isto porque o vírus da dengue possui variantes denominadas como tipos, entre 1, 2 3 e 4. Diante disto, as vacinas em estudo, como a do Butantan, por exemplo, garante um anticorpo para determinado tipo de dengue. Este anticorpo pode simplesmente reagir com outro sorotipo, não neutralizando o vírus, inclusive, entre as consequências estaria sua própria multiplicação, provocando o risco de uma dengue hemorrágica.
E como combater a Dengue sem a vacina?
Visto que ainda falta mais um pouco para a vacina da dengue obter sucesso e ser licenciada como a da Covid-19, atualmente, a única alternativa para evitar a doença, é prevenindo a proliferação do seu agente transmissor, o mosquito Aedes Aegypti.
Neste último ano, devido aos cuidados contra a Covid, muitas pessoas preteriram à prevenção contra Dengue, deixando de aplicar no dia a dia, as principais ações em combate ao mosquito como:
- Não deixar água parada em vasos e calhas
- Descartar corretamente objetos do quintal e terrenos baldios que possam acumular água
- Fazer a manutenção de caixas d’água, bebedouros de animais e piscinas
Além de outras medidas amplamente divulgadas pelos órgãos de saúde e mídia.
Durante estes períodos de calor e chuva intensa, típicos do verão brasileiro, e importante reforçar os cuidados contra à Dengue, inclusive, utilizar produtos repelentes.
Em caso de sintomas como dor de cabeça e nas articulações, manchas avermelhadas pelo corpo, febre alta e fraqueza, vale a pena buscar uma avaliação médica.