Será que é possível que o Brasil sofra com uma falta de combustível? Ao menos é o que o presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna disse, isso se o preço dos combustíveis no Brasil não aumentar. Fato este que poderia prejudicar muitos brasileiros. A entrevista foi dada para o jornal o Globo.
Ele também disse que a interferência nos preços “é uma coisa grave” e negou que o presidente Jair Bolsonaro interfira nas cotações finais, apesar de admitir uma pressão política em relação aos valores comercializados. “Pelo presidente da República, não. Ele nunca pressionou a Petrobras. Ele busca informações, mas entende perfeitamente”, disse o presidente da Estatal.
“Se o preço for praticado artificialmente vai haver desabastecimento no mercado. Isso é uma coisa grave e séria que a gente tem que estar atento. Os valores precisam permitir que haja a importação do combustível”, relatou Silva e Luna.
Sobre a política de preços, o presidente da estatal ainda descartou a possibilidade dela ser alterada e deixar de seguir as cotações internacionais.
“A Petrobras não deixa faltar combustível no mercado, ela paga tributo, paga royalties e gera empregos. Essa é a grande contribuição que a empresa dá. Uma empresa robusta pode ajudar o país. Antes a empresa trabalhava seis meses por ano para pagar o juro da dívida. Passamos desse vale da morte. O governo está agindo. O presidente está preocupado e está agindo junto com os seus atores para encontrar uma solução”, disse o presidente da Petrobras.
Silva e Luna concordou que o “o preço do gás está muito alto” e afirmou que isso é um dos reflexos dos altos custos das commodities.
Na semana passada, ele ainda disse que o aumento de preços da gasolina, apenas R$ 2 é responsabilidade da empresa. “Entendemos que isso [aumento de preços] está com o governo, Ministério de Minas e Energia, [Ministério da] Economia e com a Casa Civil”.
Confira abaixo a relação de preços e custos de combustível e gás de cozinha apontado pelo presidente da Petrobras na semana passada