O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou recentemente, em uma entrevista, que o Governo Federal estima um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), acima de 3% para este ano. Todavia, sua projeção a respeito da economia, se deve à expectativa do Banco Central de uma alta, que passou de 2% para 2,9% em 2023.
Fernando Haddad diz que, “e deve subir um pouquinho mais, eu acredito. A nossa projeção já está superior a 3%. Cada um tem sua metodologia, mas está tudo convergindo para a mesma coisa”. Ademais, ele afirma que houve uma grande divergência entre as expectativas entre o Banco Central e o Governo Federal, no início deste ano.
Analogamente, o ministro da Fazenda afirmou que a projeção de um era de que haveria uma pequena recessão em 2023. Outro dizia que este ano haveria um pequeno crescimento do PIB, de 1%. Para Fernando Haddad, todos eles estavam errados e o país deverá, realmente, apresentar uma alta um pouco maior, de cerca de 3%.
Em relação às contas públicas do Governo Federal, Fernando Haddad disse que existe neste momento, uma expectativa de que o Congresso Nacional aprove alguns projetos na área econômica. Aliás, o ministro citou o programa de quitação de dívidas, Desenrola, o marco de garantia e a tributação de fundos exclusivos.
Expectativas de Haddad para 2023
Analogamente, o ministro da Fazenda afirmou que se esses projetos forem aprovados, é possível que no quarto trimestre deste ano, haja resultados positivos para a economia brasileira e o PIB. Além disso, haverá boas consequências para as contas públicas do Governo Federal, que é o objetivo principal dessas ações.
Em relação à Reforma Tributária, Fernando Haddad falou sobre uma análise feita pela área técnica do Tribunal de Contas da União (TCU). Vale ressaltar ainda, que houve a aprovação de seu texto pela Câmara dos Deputados e atualmente está em tramitação no Senado, em Brasília. Sua expectativa e a do Governo Federal é grande.
Ademais, de acordo com o documento do TCU, a isenção dos IVAs federal e estadual sobre a cesta básica, não deverá beneficiar realmente a população mais pobre do país. Em relação a este cenário, o melhor seria um reforço de cerca de R$40 bilhões, ao programa de transferência de renda do Governo Federal, Bolsa Família.
Haddad e o Senado Federal
O texto também cita a possibilidade de criação de um outro programa social do Governo Federal, que pudesse, da mesma forma, oferecer uma transferência de renda à população mais vulnerável economicamente do Brasil. Questionaram Fernando Haddad sobre algumas alterações no texto relacionadas ao tópico em questão.
O ministro da Fazenda afirmou que existe uma negociação neste momento no Senado. Dessa maneira, ele diz que o Governo Federal conseguiu fechar um acordo na Câmara dos Deputados,e que está considerando todas as contribuições ao projeto, feitas pelos senadores. Fernando Haddad afirmou que existe um grande apoio das lideranças.
Reunião do Governo Federal
Segundo Fernando Haddad, ele está bastante confiante, e espera que haja até o mês de outubro, uma votação no Senado Federal. Se houver alguma mudança, ele deverá retornar à Câmara dos Deputados, para que sofra então algumas alterações. Ele afirma que há condições de votar a Reforma Tributária ainda em 2023.
O ministro da Fazenda e o presidente Lula (PT) tiveram uma reunião na última quarta-feira (27/09) junto ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Fernando Haddad afirmou que depois da conversa, teve início uma nova era relacionada à relação entre a instituição financeira e o Palácio do Planalto.
A princípio, Lula vinha criticando a atuação de Roberto Campos Neto frente ao Banco Central já a muito tempo. A razão da discórdia entre os dois era a taxa de juros básica da economia nacional, Selic. Sendo assim, o presidente, desde que tomou posse, falava que ela estava muito alta, prejudicando o andamento da economia do país.
Em conclusão, a reunião se deu após o Comitê de Política Monetária do Banco Central reduzir por duas vezes a taxa de juros. Enfim, além disso, eles também conversaram sobre as metas fiscais do Governo Federal. Para o presidente do Banco Central, é necessário avançar com certas medidas para que se possa cumprí-las no futuro.