Os consumidores que utilizam o gás natural receberam uma grande notícia na semana. Na última segunda-feira (17), a Petrobras anunciou mais uma redução no preço do gás natural (GNV) para a felicidade dos brasileiros.
Em resumo, a estatal vai reduzir em 8,1% o valor médio do gás natural. No entanto, quem espera encontrar preços mais baratos no país já nos próximos dias terá que esperar mais um pouco. Isso porque os novos valores vão entrar em vigor no país a partir do dia 1º de maio.
Em resumo, as correções dos preços ocorrem trimestralmente, e este reajuste se refere ao trimestre móvel de maio a julho de 2023. Aliás, a redução sucede a queda de 11,1% promovida pela Petrobras no trimestre móvel anterior, de fevereiro a abril deste ano.
“A atualização trimestral do preço do gás natural e anual para o transporte do produto permite atenuar volatilidades momentâneas e aliviar, no preço final, o impacto de oscilações bruscas e pontuais no mercado externo, assegurando, desta forma, previsibilidade e transparência aos clientes”, informou a Petrobras em nota.
De acordo com a estatal, a redução reflete preços mais baixos do barril de petróleo, embora o dólar tenha subido no período. A saber, a Petrobras adotou e começou a aplicar as novas fórmulas dos contratos de fornecimento de gás no início de 2022, acompanhando as oscilações do mercado internacional.
A companhia também ressaltou que a redução no preço do gás natural “não se refere ao preço do GLP (gás de cozinha), envasado em botijões ou vendido a granel”.
Na verdade, o gás natural é matéria-prima do GNV, o gás de cozinha encanado. Além disso, o item também é fonte de energia para diversos setores da indústria. Por isso que a redução anunciada pela Petrobras é tão importante para vários setores da economia.
Em resumo, o reajuste promovido pela Petrobras em relação ao gás natural não se refere aos consumidores. Essa queda nos preços segue apenas para as distribuidoras do país, que podem ou não repassar a redução para o consumidor final.
Segundo a companhia, a diminuição anunciada se refere aos contratos acordados pela estatal com as distribuidoras. Aliás, estas atualizações trimestrais já são previstas e vinculam a variação do preço do gás às oscilações do petróleo Brent e da taxa de câmbio.
A propósito, a Petrobras segue as cotações internacionais para definir os reajustes no valor do gás natural. Assim, quando os preços do barril de petróleo estão mais elevados, bem como a cotação do dólar, a companhia eleva o valor do gás natural. Em contrapartida, quando ocorre o contrário, a estatal tende a reduzir os preços, assim como vem ocorrendo em 2023.
Por falar nisso, a Petrobras informou que o preço do petróleo caiu 8,7% no trimestre móvel anterior, de fevereiro a abril de 2023. Por outro lado, o dólar teve uma leve alta de 1,1% no período, impedindo uma queda mais intensa no valor do gás natural.
“A Petrobras ressalta que o preço final do gás natural ao consumidor não é determinado apenas pelo preço de venda da Companhia, mas também pelo portfólio de suprimento de cada distribuidora, assim como por suas margens (e, no caso do GNV- Gás Natural Veicular, dos postos de revenda) e pelos tributos federais e estaduais“, disse a estatal em nota.
“Além disso, as tarifas ao consumidor são aprovadas pelas agências reguladoras estaduais, conforme legislação e regulação específicas”, acrescentou a Petrobras.
A redução anunciada pela Petrobras não deverá ter o mesmo impacto em todos os estados do Brasil. Isso porque cada unidade federativa deverá promover os reajustes que julgar adequados.
No trimestre móvel anterior, de fevereiro a abril, a concessionária Naturgy, que atua no Rio de Janeiro, promoveu reajustes que variaram entre 3,26% e 9,26%.
Em suma, os menores valores se referiram aos clientes residenciais. Inclusive, houve até diferença nos percentuais de queda entre os clientes da Região Metropolitana do Rio de Janeiro e os do interior.
Já as maiores quedas se direcionaram aos postos de GNV, com taxas bem semelhantes àquelas que se referiram às indústrias. Em outras palavras, os consumidores residenciais não deverão aproveitar quedas tão expressivas quanto os postos e indústrias no estado fluminense.
No trimestre anterior, os moradores de Pernambuco aproveitaram reajustes bem mais expressivos. Isso porque a Companhia Pernambucana de Gás (Copergás), que distribui o produto no estado, reduziu o preço do GNV em 14,8%, em média.
Para os consumidores residenciais, a diminuição média foi de 14,4% e se referiu a todos os segmentos: carros, empresas, comércio e em casa.