As moedas que muitas pessoas têm na carteira ou no fundo da gaveta podem valer verdadeiras fortunas. Você sabia que uma única moeda de 1 real pode valer até 300 vezes o seu valor de face? Isso pode até parecer algo improvável, mas existem pessoas dispostas a pagar muito dinheiro por modelos raros.
A venda de moedas raras cresce de maneira significativa nos últimos tempos no Brasil. Em resumo, o negócio se tornou muito lucrativo para as pessoas, que veem nestes itens incomuns uma chance de aumentar seu dinheiro, transformando a prática em uma verdadeira fonte de renda.
O assunto atrai muita gente porque se trata de uma via de mão dupla. De um lado, existem pessoas interessadas em adquirir os itens, aumentando seu acervo de exemplares raros, e do outro lado há pessoas que possuem os modelos, mas não se importam em tê-los em sua posse, acreditando que vendê-los seja um negócio mais lucrativo.
Veja o que aumenta o valor de uma moeda
Muitas moedas fazem sucesso entre os colecionadores e passam a ter valores muito altos. Isso acontece devido a características únicas destes modelos, encontradas em poucos exemplares. A propósito, as principais características que valorizam um item são:
- Exemplares fabricados para datas comemorativas;
- Modelos com erro de cunho ou fabricação;
- Poucos exemplares produzidos;
- Poucas unidades em circulação no país.
Em resumo, essas são as principais características que tornam uma moeda ou uma cédula mais valiosas. Como os colecionadores buscam itens raros e únicos, estes fatores chamam a atenção e os fazem pagar caro para terem os itens.
Veja a moeda de 1 REAL que vale até R$ 300
A saber, a Casa da Moeda fabrica o dinheiro no Brasil, conforme os pedidos feitos pelo Banco Central (BC). Em algumas ocasiões, como datas comemorativas e momentos de celebração, o BC costuma solicitar a fabricação exclusiva e limitada de alguns exemplares. Geralmente, são estes modelos que costumam valer uma fortuna devido à sua quantidade restrita.
No caso da moeda de 1 real que vale até R$ 300, o modelo foi fabricado em 2005 em comemoração aos 40 anos do Banco Central. Esse fato já faz a moeda mais especial que as demais, pois se trata de um exemplar limitado para comemorar uma data especial.
Contudo, a moeda também possui um erro de fabricação: o nome “Banco Central do Brasil”, localizado na parte superior do anverso do exemplar, foram duplicados. Na parte de baixo do disco, os anos “1965” e “2005”, além do número “40 anos” também tiveram batida dupla.
Além disso, as letras “BC”, que ficam no centro do exemplar, também foram duplicadas. Isso também aconteceu com o prédio, que fica no centro do exemplar. Todas essas duplicações elevaram em 300 vezes o valor da moeda de 1 real.
De acordo com a 3ª edição do catálogo de Moedas com Erro, de 2023, a duplicação pode ocorrer tanto para a direita quanto para a esquerda. No entanto, a depender do erro, a pessoa pode ganhar duas vezes mais com o modelo. Isso porque, segundo a publicação, a duplicação para a esquerda vale até R$ 150, enquanto o valor chega a R$ 300 se a duplicação for para a direita.
Cabe salientar que os valores informados pelo catálogo são apenas estimativas para as moedas. Na verdade, tudo depende da negociação entre vendedores e compradores. Segundo informações do perfil RNF coleções, do TikTok, os maiores valores já pagos em leilões por essa moeda de 1 real com duplicação de textos do anverso foram de R$ 368 e R$ 685.
Estado de conservação influencia valor dos itens
As moedas recebem algumas classificações quanto ao seu estado de conservação. O primeiro termo se chama flor de cunho, que se refere aos exemplares que não circularam, ou seja, não apresentam qualquer sinal de desgaste ou manuseio. Em outras palavras, são moedas que não possuem marcas e estão em perfeito estado de conservação.
Por sua vez, o estado de soberba se refere às moedas que apresentam, aproximadamente, 90% dos detalhes da cunhagem original. Em síntese, os exemplares que tiveram uma pequena circulação se enquadram neste segmento.
Já a moeda muito bem conservada (MBC) se caracteriza por ter mais sinais de manuseio e uso. Os itens devem apresentar, aproximadamente, 70% dos detalhes da cunhagem original. Além disso, o seu nível de desgaste deve ser homogêneo, sem ter um local bem mais desgastado que outro.
Por fim, os interessados em vender seus exemplares podem entrar em sites especializados. Há muitos colecionadores dispostos a pagar caro para terem modelos raros, e essa é uma chance para ganhar um dinheiro extra sem fazer muito esforço.