A numismática é uma ciência curiosa, que envolve o estudo e a coleção de moedas, medalhas e cédulas. Um dos aspectos mais intrigantes desse universo é ao alto valor associado a moedas com erros de fabricação. Uma peça que exemplifica isso é essa moeda de 10 centavos de 2010 com disco descentralização, falha conhecida como “boné”, que está sendo vendida por R$ 150 no site TN Moedas.
Erros de Cunhagem: Uma Breve Introdução
Os erros de cunhagem ocorrem durante o processo de fabricação das moedas e podem resultar em diversas anomalias. Esses erros tornam as moedas únicas. Entre os erros mais comuns estão os cunhos deslocados, os reversos invertidos e os deslizes de disco, popularmente conhecidos como “boné”.
Note como, nesse caso, o defeito se manifesta de forma relativamente modesta, mas ainda causa impacto suficiente no visual da moeda a ponto de chamar atenção. É válido apontar, porém, que os preços por moedas com esse erro varia bastante.
Entendendo o valor de mercado das moedas
Na hora de avaliar uma moeda, deve-se levar em conta muitas questões. Nem toda moeda de boné valerá a mesma coisa. Antes de mais nada, deve-se observar a tiragem da moeda e o seu estado de conservação.
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Tiragem da moeda
A tiragem de uma moeda refere-se ao número total de unidades produzidas durante um determinado período. A quantidade de moedas produzidas afeta diretamente sua raridade e valor. Quanto menor a tiragem, mais rara tende a ser a moeda, aumentando seu valor entre colecionadores.
Por exemplo, se uma moeda foi emitida em grande quantidade, é mais provável que muitas dessas moedas ainda estejam em circulação ou disponíveis para compra. Em contraste, moedas com tiragem limitada podem se tornar itens muito procurados, especialmente se foram bem preservadas ao longo dos anos.
Isso também vai influenciar moedas com erros. Se uma moeda de alta tiragem apresenta um erro, pode não ser algo tão impressionante quanto o mesmo erro de uma moeda fabricada em menor quantia. Isso porque, quanto mais exemplares existem, maior será a chance de erros os afligirem.
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Estado de conservação
O estado de conservação de uma moeda refere-se ao seu grau de preservação desde que foi cunhada até o momento em que é avaliada. Esse fator é fundamental para determinar o valor de uma moeda, pois mesmo moedas raras podem ter seu valor significativamente reduzido se estiverem em más condições.
A conservação é geralmente avaliada em uma escala que varia de moeda praticamente nova a extremamente desgastada. Abaixo estão as categorias comuns usadas para descrever o estado de conservação das moedas:
- Flor de Cunho (FC): Esse é o estado mais perfeito de conservação. A moeda não apresenta nenhum sinal de desgaste. Todos os detalhes e brilhos originais da cunhagem estão intactos e, dessa forma, torna-se uma moeda muito cara.
- Soberba (S): Moeda com sinais mínimos de desgaste. Quase todos os detalhes são claramente visíveis, e a moeda ainda mantém uma aparência bem próxima à original.
- Muito Bem Conservada (MBC): Essa categoria inclui moedas com desgaste leve, mas que ainda preservam a maior parte dos seus detalhes, com um aspecto atraente e a maioria dos elementos visíveis.
- Bem Conservada (BC): Moeda que sofreu desgaste moderado. Os elementos principais ainda são visíveis, mas a moeda mostra sinais claros de circulação.
- Regular (R): Moeda com desgaste significativo. Ainda é possível identificar a moeda e suas principais características, mas já temos aqui uma peça em mau estado.
- Um Tanto Gasta (UTG): Por fim, temos o estado de conservação mais baixo. A moeda está extremamente desgastada, com a maioria dos detalhes irreconhecíveis, e muitos danos extensivos, como arranhões, manchas e outras marcas. Por via de regra, aliás, não é mais uma moeda colecionável.