Na madrugada da última quinta-feira (6) uma escola indígena do interior de Pernambuco foi alvo de um incêndio criminoso.
No ataque, a escola estadual indígena Marechal Rondon sofreu diversas perdas. Segundo matéria do UOL, a parte administrativa da escola foi atingida pelo incêndio, que causou muitos prejuízos à estrutura física da escola.
Além disso, diversos livros e materiais foram queimados. Conforme depoimento da coordenadora educacional da unidade, Maristela de Albuquerque Santos, o incêndio chegou a atingir quatro espaços do bloco administrativo, onde ficava também a sala de leitura, com a biblioteca da escola.
Ainda segundo a coordenadora, por pouco o fogo não destruiu os arquivos com os dados escolares de todos os alunos que já estudaram na escola. A população conseguiu retirar os arquivos com as pastas individuais dos estudantes.
Contudo, a escola indígena registrou danos em outros setores. Sobre os danos, a coordenadora explica: “Até o momento identificamos destruídos mobiliários como armários, estantes, projetores, cadeiras, bureaus e bebedouro. Além disso, livros didáticos e paradidáticos, livro de ponto, pastas de materiais de acompanhamentos e monitoramento e documentos de organização escolar foram destruídos”.
A equipe da instituição de ensino ainda não finalizou o levantamento do prejuízo, que deve ser concluído após a perícia policial.
Os criminosos não só atearam fogo na escola indígena, como também escreveram mensagens com ameças e incitando o ódio. A Fundação Nacional do Índio (Funai) foi informada, bem como a Polícia Civil, que já investiga o ocorrido por meio de inquérito.
O ataque levantou suspeitas dentro da própria tribo, pois os fulni-ô enfrentam um racha interno há dois anos, desde que parte da tribo se opôs a escolha do atual cacique. Porém, o pajé Gildiere Pereira afirmou que prefere não fazer suposições ou apontar suspeitos, mas espera que os responsáveis pelo ataque criminoso sejam encontrados e punidos pela justiça.
A escola que foi alvo do ataque criminoso é uma referência de ensino para o povo Fulni-ô e conta com o ensino do Yaathe, língua autóctone do povo Fulni-ô, na sua grade curricular.
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