E se alguém te dissesse que é possível vender uma simples moeda de 1 real por nada menos do que R$ 2,5 mil em 2025? Acredite, neste exato momento existem colecionadores dispostos a desembolsar este valor pelas peças.
O fato é que existe um grupo específico de moedas de 1 real da segunda família que pode ser vendida por muito dinheiro. Mesmo que algumas delas não alcance os R$ 2,5 mil, elas podem ser vendidas por valores interessantes.
Mas em todos os casos, é preciso prestar atenção aos detalhes. Nem todas as moedas de 1 real da segunda família podem ser consideradas valiosas, mas qualquer pessoa pode identificar aquelas que são raras em um piscar de olhos
As moedas de 1 real
As moedas de 1 real da segunda família do Plano Real começaram a ser fabricadas e postas em circulação no ano de 1998. Até hoje, estas peças fazem parte do nosso cotidiano.
Para ajudar no processo de identificação destes exemplares, vamos listar abaixo um grupo com as principais características das moedas de 1 real da segunda família, tomando como base as informações previamente disponibilizadas pelo Banco Central (BC):
- Material: cuproníquel+alpaca
- Diâmetro: 27,0 mm
- Massa: 7,84 g
- Espessura: 1,95 mm
- Bordo: serrilhado interm.
- Eixo: reverso moeda (EH) ?
- Circulação: de 01/07/1998 a atual
- Desenho do Anverso: Efígie da República à direita do núcleo prateado e transpassando para o anel dourado, constituindo elemento de segurança da moeda. No anel dourado, referência às raízes étnicas brasileiras, representada pelo grafismo encontrado em cerâmicas indígenas de origem marajoara, e a legenda Brasil.
- Desenho do Reverso: No anel dourado, grafismo indígena marajoara. No núcleo prateado, esfera sobreposta por uma faixa de júbilo, que, com a constelação do Cruzeiro do Sul, faz alusão ao Pavilhão Nacional, e os dísticos correspondentes ao valor facial e ao ano de cunhagem.
O Plano Real
O Plano Real foi um programa econômico iniciado em 27 de fevereiro de 1994, implementado ainda no governo do ex-presidente Itamar Franco. Entre outros pontos, o plano incluía a criação de uma nova moeda para o Brasil: o real.
Segundo economistas, o Plano Real foi a mais ampla medida econômica da história do Brasil. O principal objetivo do projeto era a controle da hiperinflação que assolava o país já há algumas décadas. Vários economistas colaboraram com o projeto, incluindo o então ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso, que viraria presidente em seguida.
Hoje, economistas concordam que o Plano Real cumpriu o seu objetivo e controlou a inflação do país, além de aumentar o poder de compra da população. Do ponto de vista da numismática, o Plano rendeu uma série de moedas raras, que seguem em circulação até hoje.
Os valores das moedas
Para que uma moeda de 1 real da segunda família seja considerada valiosa e possa ser vendida por muito dinheiro em 2025, é preciso que ela faça parte de um grupo de peças que contam com uma característica específica conhecida no meio da numismática como reverso invertido.
Na imagem abaixo, você poderá entender que os valores projetados variam de acordo com o ano de fabricação. Confira:
O que é uma moeda reverso invertido?
Mas afinal de contas, o que seria uma moeda com reverso invertido? Para entender esta pergunta, é necessário saber que o Brasil adota um sistema de padrão reverso moeda, ou seja, eixo horizontal (EH). As moedas que fogem deste padrão exigido são conhecidas como reverso invertido, e são consideradas muito raras.
Basicamente, as moedas com reverso invertido são aquelas que possuem o reverso com alinhamento contrário ou invertido ao alinhamento original. Na prática, para saber se uma moeda tem este defeito, basta segurar a peça com a face em posição normal virada para você. Logo depois, basta girar de baixo para cima.
Se o outro lado estiver de cabeça para baixo, estamos falando de uma moeda com reverso invertido, ou seja, uma peça valiosa. Vale frisar que qualquer item pode ser reverso invertido. Até mesmo centavos podem ter este tipo de defeito. Em todos os casos, a peça poderá valer mais.
“Mas definir valor comercial à essas moedas é algo relativamente complicado, principalmente porque, como foram produzidas como erros durante o processo de cunhagem, não há registros da quantidade de moedas emitidas”, diz o especialista Plínio Pierry.