O item que teve a maior contribuição individual para a soma da inflação prévia é a energia elétrica, que já subiu 25% no acumulado do ano, de acordo com o que foi revelado na pesquisa do IBGE nesta última terça-feira (26).
Também foi divulgado pelo IBGE, o resultado do Índice de Preços ao Consumidor Amplo, que considera a prévia da inflação no Brasil. O aumento no mês de outubro voltou a ficar acima do projetado, também por conta de uma das piores crises hídricas da história do país que estamos enfrentando nesse momento.
A alta da inflação no mês de outubro foi de 1,2%, puxada pela desvalorização cambial em comparação ao dólar e o preço da energia elétrica, que subiu 3,91% no último mês. O preço da energia integra o grupo “Habitação”.
O IBGE leva em conta principalmente os preços que são praticados nas capitais, além de regiões metropolitanas. Foram analisados os preços nas cidades de Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife, São Paulo, Belém, Curitiba, Fortaleza, Goiânia e também em Brasília.
A maior alta da energia no acumulado do ano foi registrada em Curitiba, com um aumento de 29,36%, ficando acima da média nacional. A menor variação foi a de Goiânia, com 13,36%, ficando um pouco mais aliviada, ainda que seja um aumento até superior ao da inflação.
O IBGE explica que o principal fator para entender o aumento da energia elétrica, é o fato de que o Governo Federal anunciou a Bandeira de Escassez Hídrica, que permaneceu em vigor no mês de outubro.
A bandeira acrescenta R$ 14,20 no preço final da conta de luz, contando para cada 100 kWh que forem consumidos. A justificativa dada pelo Governo Federal é que essa bandeira seria uma forma de compensar os gastos com termelétricas acionadas para conter os baixos níveis de reservatórios nas usinas hidrelétricas.
Ainda considerando os gastos do grupo de habitação, o gás do botijão teve um aumento de 3,80% no mês de outubro, o que já configura 1 ano e meio de aumentos consecutivos. No acumulado do ano, o gás de cozinha já subiu mais do que a energia elétrica.
Com o preço da energia elétrica nas alturas, é importante tomar algumas medidas para tentar reduzir o tamanho do prejuízo, garantindo um preço um pouco menor no final do mês. Alguns eletrodomésticos que são mais resistentes, podem contribuir na hora de economizar energia, além da recomendação de tomar banhos de no máximo 10 minutos.
E se possível, substitua os antigos por aparelhos novos, com o selo de eficiência em energia elétrica. Vá atrás desses modelos, que são uma garantia de maior potência e lembre-se que quando você está tomando banho e resolve ficar muito tempo, não economiza apenas na energia elétrica, mas também ajuda ao planeta.