Jean-Jacques Rousseau foi um importante pensador do movimento iluminista que viveu entre os anos de 1712 e 1778, na Suíça.
Os principais aspectos do pensamento de Rousseau são abordados com frequência por questões de filosofia dentro das principais provas do país, com um destaque para os vestibulares e o ENEM, Exame Nacional do Ensino Médio.
Assim, para que você consiga se preparar da melhor forma possível para as suas provas, o artigo de hoje separou um resumo completo sobre o pensamento de Jean-Jacques Rousseau. Vamos conferir!
Jean-Jacques Rousseau é considerado um dos mais influentes filósofos do Iluminismo. Ele nasceu em Genebra, Suíça, em 1712, e faleceu em Ermenonville, França, em 1778.
O pensador é considerado um dos principais nomes do movimento iluminista e seus argumentos provocaram um impacto significativo não apenas durante em sua época, mas também nos períodos seguintes.
Também devemos nos lembrar de que Jean-Jacques Rousseau fez parte dos chamados “filósofos contratualistas”, ao lado de John Locke e Thomas Hobbes. Os pensadores contratualistas foram denominados dessa maneira pois defendiam que o indivíduo e o Estado deveriam criar uma espécie de contrato para garantir a sobrevivência e o convívio em sociedade.
Todavia, a visão de Rousseau sobre o estado de natureza, o contrato social e o estado civil é diferente daquela apresentada por Hobbes e Locke. De acordo com Jean-Jacques Rousseau, o ser humano vivia livre e em harmonia no estado de natureza, daí a sua teoria sobre o “bom selvagem”. Para ele, portanto, o ser humano nasce bom, ou seja, a bondade é uma característica da natureza humana. Todavia, a vida em sociedade, marcada pelo surgimento da propriedade privadas, corrompe o ser humano.
Uma das principais obras de Rousseau é “O Contrato Social” (1762), na qual ele expõe suas ideias sobre política e sociedade. No livro, Rousseau busca compreender a maneira pela qual os homens haviam, em todo o mundo, legitimado os mais variados tipos de poderes políticos em nome do contrato: “o ser humano nasce livre e por toda a parte encontra-se a ferros. O que se crê senhor dos demais não deixa de ser mais escravo do que eles”.
Ao longo do tratado teórico, Rousseau argumenta que o governo legítimo é baseado no consentimento do povo, e que os indivíduos devem renunciar parte de sua liberdade em favor da comunidade. Além disso, é nessa obra que o filósofo desenvolve a teoria do contrato social, afirmando que a soberania reside no povo e que a vontade geral é o fundamento da autoridade política.
Dessa forma, ao analisar a passagem do estado de natureza para o estado civil, Rousseau cria uma grande polêmica com a seguinte afirmação: “os pobres, tendo a perder a liberdade, cometeram uma grande loucura ao conceber, voluntariamente, o único bem que lhes restava (a liberdade), para ganhar nada em troca”.
Para o pensador, o contato social deve consistir em uma associação entre todos os homens de uma comunidade, formando um corpo moral e coletivo. Logo, o Estado deve ser o próprio povo. O soberano do Estado é o povo e o governo, portanto, deve satisfação à soberania popular.
Dessa maneira, Rousseau acreditava que para o pleno funcionamento da soberania plena, é fundamental que a vontade geral, ou seja, a manifestação do interesse comum, seja colocada em prática.
Por fim, devemos mencionar também que Rousseau se destacou devido ao seu trabalho na área da educação.
Em sua obra “Emílio, ou Da Educação” (1762), o filósofo apresenta sua visão sobre o processo educativo ideal e defende a importância de uma educação baseada na natureza e no desenvolvimento pleno do indivíduo, respeitando suas inclinações pessoais.
O pensador acreditava que a educação deveria ser individualizada, adaptada às características de cada estudante, e que a instrução formal deveria ser precedida por uma educação física e moral adequadas.