Neste domingo, dia 31 de janeiro, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) aplicou pela primeira vez a versão digital do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). O órgão esperava mais de 93 mil estudantes para a prova, mas registrou 68% de abstenção. A porcentagem foi ainda maior que a abstenção do Enem Impresso, que chegou a 55% de abstenção, o que representa a ausência de mais de 3 milhões de inscritos.
Nesse sentido, dos 93 mil inscritos do Enem Digital, mais de 58 mil não se apresentaram nos locais de prova. O Inep informou em entrevista coletiva que 34.590 candidatos fizeram a prova. No entanto, em comunicado posterior, o órgão corrigiu o número para 29.703 pessoas.
O exame foi aplicado em sua versão piloto para um número reduzido de alunos, mas o objetivo do Ministério da Educação (MEC) é tornar o Enem completamente digital até o ano de 2026. As provas objetivas são feitas virtualmente, por meio de computador sem acesso à internet, e apenas a redação é feita em papel.
Houve falhas no sistema na aplicação do Enem Digital
No primeiro dia de aplicação, o Enem Digital apresentou algumas falhas técnicas como erros no sistema, por exemplo. Nesse sentido, o presidente do Inep, Alexandre Lopes, afirmou que “tivemos alguns problemas, mas todo processo inédito está sujeito a obstáculos”. Além disso, Lopes atribuiu o alto nível de abstenção à pandemia da covid-19.
O ministro da Educação, Milton Ribeiro, comentou as falhas no sistema e afirmou que os estudantes que foram afetados terão direito à reaplicação das provas. “Ainda não tenho todos os relatos de problemas, mas isso iria acontecer por causa de sobrecarga do sistema”, disse o chefe da pasta.
A reaplicação do Enem 2020 está prevista para os dias 23 e 24 de fevereiro. De acordo com o Inep, podem participar da reaplicação os estudantes que apresentaram sintomas de doenças infectocontagiosas no dia das provas, como a covid-19, e aqueles que não puderam fazer a prova por ‘problemas logísticos’.
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