Enem 2022: Redação pode abordar candidatos políticos?
Confira, abaixo, se os alunos poderão mencionar Lula e Bolsonaro, por exemplo.
No próximo dia 13 de novembro, acontecerá o Enem 2022, ou seja, o Exame Nacional do Ensino Médio.
A data da prova é apenas duas semanas do segundo turno das eleições presidenciais. Nesse sentido, com o debate sobre o assunto em voga, os alunos começam a se questionar se podem mencionar os candidatos na redação.
De acordo com alguns professores, não há problema mencionar nomes como o de Lula ou de Bolsonaro, por exemplo. No entanto, o estudante precisa se atentar à forma com que estas personalidades aparecerão em seus textos.
Assim, o ideal é que a redação tenha boas referências e fontes, além de se fundamentar em fatos reais. Além disso, não é interessante que a menção a certos políticos aconteça caso não seja necessário ao tema da dissertação.
Desse modo, o aluno pode sim mencionar figuras políticas. Contudo, sem que esta seja uma defesa parcial, mas pertinente ao discurso em questão, de forma pertinente.
De acordo com a Cartilha do Estudante do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), o aluno pode defender um ponto de vista. No entanto, este deve estar “apoiado em argumentos consistentes, estruturados com coerência e coesão”.
Por exemplo, ao redigir sobre políticas públicas de redistribuição de renda, o aluno pode mencionar o Bolsa Família, com criação do governo Lula, além da sua transformação em Auxílio Brasil, pela gestão Bolsonaro.
Alunos precisam se atentar a informações falsas
Ao mencionar candidatos na redação do Enem 2022, os alunos também precisam se atentar às fake news. Isto é, a informações mentirosas.
Recentemente, a veiculação de dados falsos vem sendo grande nas eleições presidenciais. Por esse motivo, é necessário que o estudante entenda bem e pesquise quais são as informações verdadeiras, se baseando em fontes oficiais.
Nesse sentido, é provável que o aluno tenha uma nota baixa, caso defenda uma informação falsa em sua redação.
Os temas de redação do Enem, contudo, não têm o costume de ser muito controversos ou explicitamente políticos.
Veja também: INEP publica Cartilha da Redação referente ao Enem
Desse modo, não se espera que a próxima redação fale abertamente sobre as eleições, de forma direta. De qualquer maneira, ainda que os corretores do exame tenham pensamentos divergentes do aluno, não haverá qualquer problema, desde que se baseie em fatos reais, usando a linguagem formal.
Como será o Enem 2022?
Aqueles alunos que já se preparam para passar no vestibular devem se lembrar de alguns detalhes sobre o Enem 2022.
Dessa forma, a aplicação da prova acontecerá, como de costume, em dois domingos diferentes. Isto é, sendo a primeira prova no dia 13 de novembro, cobrando as disciplinas de:
- Linguagens, com um total de 45 questões, sendo 40 de língua portuguesa e 5 de inglês ou espanhol.
- Ciências Humanas, com um total de 45 questões.
- Redação.
Ademais, no dia 20 de novembro, a segunda prova cobrará:
- Matemática, com um total de 45 questões.
- Ciências da natureza, com um total de 45 questões.
Para conferir maiores informações sobre as disciplinas da prova, o aluno pode conferir o anexo sobre objetos de conhecimento da Matriz de Referência do Enem. Ademais, uma boa maneira de se preparar é realizando provas anteriores.
Questões do Enem também podem abordar eleições
Para além da redação do Enem 2022, suas questões também podem mencionar as eleições presidenciais deste ano.
Nesse sentido, matérias da área de Ciências Humanas têm uma grande chance de abordar este tema. Portanto, em questões de História, Geografia, Sociologia e Atualidades, o aluno poderá encontrar o assunto.
Em cada uma destas disciplinas, então, terão uma maneira diferente de cobrar conhecimentos sobre as eleições. Desse modo, veja como cada matéria poderá trabalhar o tema:
- História: Questões acerca de momentos marcantes da história brasileira com relação ao voto ou outros direitos civis, por exemplo. Isto é, como a constituinte de que resultou na Constituição Federal de 1988 ou a conquista do voto feminino em 1932. Além disso, a prova poderá indagar sobre aspectos específicos de algumas gestões passadas.
- Geografia: Perguntas sobre como se dá a divisão do Poder Executivo e Poder Legislativos em diferentes entes federativos. Isto é, os estados, municípios, Distrito Federal e União, por exemplo.
- Sociologia: Questões que versem sobre o funcionamento da democracia brasileira, bem como da estrutura do poder.
- Atualidades: Perguntas sobre eventos recentes tanto do Brasil quanto em comparação com outros países do mundo. Ademais, o Enem 2022 também poderá mencionar alguns acontecimentos decorrentes da pandemia e sua relação com a política.
Veja também: O que será cobrado na prova?
Em conjunto destas disciplinas, também é possível que o exame fale sobre as eleições em outras matérias. No entanto, seguindo o seu conteúdo programático de costume.
Redação do Enem 2022 poderá ser sobre as eleições?
Alguns professores entendem ser pouco provável que o Enem 2022 cobre sobre as eleições de forma direta. Desse modo, o assunto poderá se relacionar de alguma forma ao tema central, contudo, ele não deverá ser o principal.
Nesse sentido, é possível que o aluno use do contexto das eleições para explicar o argumento que deseja sustentar, por exemplo. No entanto, é mais provável que o tema da redação seja sobre alguma questão social.
Veja também: DICAS INCRÍVEIS para quem vai fazer o ENEM em 2022
Como comparação, confira os últimos 15 temas de redação do exame:
- O poder de transformação da leitura, em 2006.
- O desafio de se conviver com a diferença, em 2007.
- Preservação da floresta Amazônica, em 2008.
- O indivíduo frente à ética nacional, em 2009.
- O trabalho na construção da dignidade humana, em 2010.
- Viver em rede no século 21: os limites entre o público e o privado, em 2011.
- O movimento imigratório para o Brasil no século 21, em 2012.
- Efeito da implantação da lei seca no Brasil, em 2013.
- Publicidade infantil em questão no Brasil, em 2014.
- A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira, em 2015.
- Caminhos para combater a intolerância religiosa no Brasil, em 2016.
- Desafios para a formação educacional de surdos no Brasil, em 2017.
- Manipulação do comportamento do usuário pelo controle de dados na internet, em 2018.
- Democratização do acesso ao cinema no Brasil, em 2019.
- O estigma associado às doenças mentais na sociedade brasileira, em 2020.
- Invisibilidade e registro civil: garantia de acesso à cidadania do Brasil, em 2021.