Economia

Micro e pequenas empresas são as que mais geram vagas de trabalho

Mais de 250 mil postos de trabalho foram abertos no mês de outubro, e as micro e pequenas empresas (MPE) foram as responsáveis por quase 80% desse montante, gerando cerca de 201,7 mil novas vagas de trabalho.

Esses dados são de acordo com o levantamento realizado pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), onde também foi feita a comparação desse percentual com os meses anteriores, quando as vagas de trabalho geradas por MPEs girava em torno de 70%.

De acordo com Carlos Melles, presidente do Sebrae, as MPEs mantiveram o bom desempenho apresentado desde a última retomada de empregos no país, mesmo com o novo método adotado pelo Caged.

“Mesmo com um quantitativo menor do que o observado nos últimos meses, devido à mudança de metodologia, os pequenos negócios são os que mais têm ajudado no aumento da criação dos novos postos de trabalho no país. São eles os grandes responsáveis pelo sustento de milhões de famílias brasileiras”, salientou o presidente do Sebrae.

Micro e pequenas empresas são as que mais geram vagas de trabalho

Separando a análise de vagas de empregos geradas por setores, no mês de outubro, o das micro e pequenas empresas seguem na liderança, criando 87,5 mil vagas, em segundo lugar ficaram as empresas do comércio, com 61,3 mil novos postos de trabalho, seguidas pelas da indústria de transformação (28,4 mil) e construção civil (22,6 mil).

Entretanto, os pequenos negócios da agropecuária apresentaram saldo negativo de 1.153 vagas. Ao analisar as empresas de médio e grande porte, também durante o mês de outubro, três apresentaram saldo negativo: Construção, com o corte de de 6,7 mil vagas, seguida pela agropecuária (- 2,3 mil) e indústria de transformação (- 81 vagas).

Se for considerado não só o mês de outubro, mas sim o acúmulo de 2021, as empresas de pequeno porte geraram cerca de 72,7% do total de empregos criados entre janeiro e outubro deste ano. Em números, no total, foram gerados, no Brasil, 2,6 milhões de empregos, sendo que as micro e pequenas empresas são responsáveis sozinhas por 1,9 milhão.

Desemprego no Brasil regrediu em comparação ao primeiro trimestre

Apesar de dados divulgados hoje mostrarem que a taxa de desemprego no Brasil recuou ligeiramente no terceiro trimestre de 2021, ainda é fato que o país atravessa um momento econômico complicado e consequentemente com uma considerável taxa de desemprego.

Apesar disso, a atual situação já demonstra uma melhora em relação a pesquisa feitas pela Pnad Contínua no mês de maio, divulgada pelo IBGE, já que o Brasil registrava mais de 14,761 milhões de trabalhadores desocupados, conforme a economia ainda busca engatar uma recuperação dos danos causados principalmente pela pandemia da Covid-19.

Na análise, que observa o trimestre de fevereiro a abril de 2021, o índice de desemprego é o maior desde o início da série histórica do IBGE, em 2012. Comparado ao do trimestre anterior (de novembro a janeiro), o número de pessoas sem emprego teve um aumento de 3,4%.

Para se ter uma ideia, o total da população sem conseguir usufruir de uma vaga de trabalho, no trimestre de fevereiro até abril, ficou em 48,5%, e se mantém abaixo dos 50% desde o trimestre divulgado em maio do ano passado, indicando que menos da metade da população apta ao trabalho tinha emprego no Brasil.