Com a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na presidência do país, uma questão vem desafiando toda a sua equipe. Números relativos ao emprego no páis preocupam o novo governo federal. Todavia, para a criação de postos de trabalho, serão necessárias ações concretas e desafiantes, visando o aumento de renda da população brasileira.
Desde a crise da Covid-19 que há uma queda nos postos e vagas de emprego de todo o país, em virtude do fechamento de empresas e pequenos negócios. Aliás, o governo do ex-presidente Bolsonaro até tentou lutar contra os efeitos da pandemia, instituindo uma série de programas sociais de transferência de renda.
A princípio, em seu discurso de posse no Ministério do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho (PT), negou a pretensão de se revogar a Reforma Trabalhista, promessa feita por Lula durante a sua campanha presidencial. Segundo ele, deverá, contudo, haver uma revisão da legislação, que está em vigor desde 2017.
Durante os cinco anos de existência, a Reforma Trabalhista deu maior segurança jurídica, e proporcionou a flexibilização da relação entre empregados e gestores. Ademais, espera-se que algumas revisões sejam bem vistas, mas é importante observar que a geração de emprego é mais importante que questões ideológicas.
A princípio, o cenário atual é bem diferente do de quando Marinho ocupou o Ministério do Trabalho e Emprego entre os anos de 2005 e 2007. Atualmente, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no Brasil, há cerca de 9,5 milhões de desocupados, o que torna o combate ao desemprego essencial.
Estas pessoas desempregadas, estão envolta a um novo mundo, cada vez mais tecnológico, que torna o mercado mais complexo e de difícil acesso. Entretanto, vale observar que no terceiro trimestre de 2022, a taxa de desemprego ficou em 8,3%, contra 12,3% no mesmo período no ano de 2021.
Este quadro apresentado reflete uma melhoria na economia do país, que tem como causa principal, os estímulos realizados pelo governo federal. É preciso, no entanto, observar que para que haja um avanço efetivo, de forma a aumentar as vagas de emprego, serão necessárias algumas mudanças estruturais importantes a serem produzidas pelo atual governo.
Existem no Brasil, 40 milhões de trabalhadores informais, onde 87.7% destes, desejam se formalizar. Os dados foram coletados pela Fundação Getúlio Vargas – Instituto Brasileiro de Economia (FGV-Ibre). O estado deve, portanto, observar esta nova realidade para que possa atuar a favor do trabalhador.
O novo governo de Lula, deve incorporar em suas ações, tratativas em busca de melhorar a qualidade de vida da população, considerando os direitos dos trabalhadores, e tendo em vista os avanços que a iniciativa privada vem incorporando ao mercado de trabalho e ao emprego, nos últimos anos.
De fato, para que se façam ações positivas a esse respeito, há de haver um diálogo de qualidade entre os trabalhadores, as empresas, e as instituições governamentais de nosso país. Para que o mercado de trabalho apresente melhoras, é preciso um investimento em políticas públicas, visando o aprimoramento da mão de obra.
Outro fato importante a ser observado neste próximo governo, é o de que é necessário uma maior valorização do salário do trabalhador. Isso possibilitará um aumento de renda da população, e consequentemente um crescimento do mercado interno, da atividade econômica de todo o país.
O novo governo do presidente Lula terá, a partir de 2023, um grande desafio pela frente. As projeções para este ano apontam um crescimento menor, uma economia global desacelerada, além do aumento da taxa básica de juros (Selic). A equipe econômica chefiada por Fernando Haddad (PT), terá que se esforçar para garantir que o país volte a crescer.
As projeções feitas pelo Relatório Focus desta semana, apontam uma taxa Selic para 2023 de 12,25%. O índice da inflação também teve uma ligeira alta, passando de 5,08% para 5,31%. Alguns economistas afirmam que dependendo do novo regime fiscal, os juros podem ir a 16% ao ano. Isso traria dificuldades para a atividade econômica nacional.
Desse modo, o papel , tanto do Congresso Nacional, quanto do presidente Lula e sua equipe, serão fundamentais. Eles deverão nortear a economia do país e aprocurar umentar o número de vagas de emprego para a população. O próprio relatório, aponta, que após um crescimento do PIB de 3% este ano, é possível que a atividade econômica do país fique em 0,8% em 2023.