Mesmo com a possibilidade de romper o teto de gastos, o governo de Jair Bolsonaro (PL) planeja aumentar o valor mínimo do Auxílio Brasil. Hoje, o pagamento é de pelo menos R$ 400, mas pode chegar a R$ 600 caso a medida seja aprovada. A sugestão tem relação forte com as eleições que acontecerão em outubro.
Segundo Lauro Jardim, colunista do jornal O Globo, as intenções do atual governo são motivadas pela corrida eleitoral deste ano. Isso porque, a população mais pobre do Brasil é justamente a que recebe o benefício. Devido a este motivo, aumentar o valor do Auxílio Brasil pode despertar maior interesse em votar no presidente Jair Bolsonaro.
Hoje em dia, tem direito ao benefício as famílias cuja renda familiar per capita é de até R$ 100, e são enquadradas como de extrema pobreza. E aquelas com renda per capita de até R$ 200, enquadradas como vivendo no índice de pobreza.
Deve-se lembrar que, ao transferir os usuários do Bolsa Família automaticamente para o Auxílio Brasil, o governo federal incluiu mais 3 milhões de pessoas que aguardavam na fila de espera.
Atualmente, existem 18,1 milhões de contemplados no atual programa. O valor mínimo pago por família é de R$ 400, mas podem ser adicionados outros bônus. Por exemplo, parcelas que chegam até R$ 1 mil e são relacionadas a um prêmio por bom desempenho escolar.
Deve-se lembrar que o Auxílio Brasil possui três benefícios básicos e seis suplementares. Estes que podem ser adicionados caso o beneficiário consiga um emprego ou tenha um filho que se destaque em competições esportivas ou em competições científicas e acadêmicas.
No início de abril, o presidente da República, Jair Bolsonaro, sancionou a medida provisória que torna o Auxílio Brasil de R$ 400 um benefício permanente. Esta sanção foi publicada no Diário Oficial da União. A proposta inicial do governo federal previa que esse valor seria válido apenas até dezembro de 2022. Os parlamentares, no entanto, decidiram tornar o valor permanente
Estão inclusos a receber o Auxílio Brasil as famílias com renda per capita (por cabeça) de até R$ 100, consideradas em situação de extrema pobreza, e aquelas com renda per capita de até R$ 200, consideradas em condição de pobreza.
Essas mudanças mostram o grande interesse do atual governo em investir nos projetos sociais. O que especialistas afirmam é que essas ações têm cunho eleitoral, já que Bolsonaro concorre fortemente com o ex-presidente Lula (PT) conhecido pelo seu favoritismo com as pessoas mais pobres. Durante o governo Lula houve a criação do programa Bolsa Família, e outros como Prouni e Sisu que intermediaram a entrada nas universidades públicas e privadas.
De acordo com a recente pesquisa do Instituto FBS, pelo menos 64% da população que recebe o Auxílio Brasil demonstrou maior interesse em votar no candidato Lula. Deste modo, o presidente Bolsonaro teria que melhorar sua relação com essa parte do eleitorado para ampliar suas chances de reeleição. Vem daí o interesse em subir as parcelas para R$ 600.