Nível do desemprego pode ser maior sem o auxílio emergencial

Estudo comparou dados dos trabalhadores informais com de formais

O Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV) fez estudo mostrando os efeitos da pandemia do novo coronavírus entre os trabalhadores informais. O efeito da pandemia é mais entre os informais do que entre os formais.

Entre os trabalhadores sem carteira de trabalho, a perda de ocupação foi mais que o dobro quando comparado aos trabalhadores de carteira assinada. Por isso, o estudo concluiu que o fim do auxílio emergencial de R$ 600 deve significar o aumento do desemprego no Brasil.

De acordo com dados do IBGE, a taxa de desemprego no Brasil era de 12,9% em maio. Em fevereiro, quando a pandemia não tinha chegado oficialmente a território nacional, o índice era de 11,6%. Com muitos brasileiros recebendo o auxílio emergencial de R$ 600 ou, em outros casos, seguro desemprego, podem ainda não ter começado a procurar um emprego. Por isso, a taxa de desemprego pode não refletir a realidade.

Segundo os dados mais atualizados da Caixa Econômica Federal, ao menos 65,2 milhões de pessoas recebem o auxílio emergencial atualmente. O estudo do Ibre-FGV usou metodologia do Banco Central para mensalizar a Pnad Contínua.

O levantamento mostra que a queda entre a população ocupada foi de 10,7% entre maio e junho. A queda representa recorde na série histórica iniciada em 2012. Entre os trabalhadores informais, a taxa de desocupação foi de 15,1% em maio. Entre os formais, a queda foi de 6,7%.

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