Auxílio emergencial: quando deve começar nova rodada?

Ainda não é possível afirmar quando o auxílio emergencial será renovado, porém, uma coisa é certa, o benefício tem estado em pauta pelos parlamentares. Tanto que Rodrigo Pacheco (DEM), candidato à presidência do Senado e  Arthur Lira (PP-AL), candidato à Presidência da Câmara dos Deputados, voltaram a falar do assunto nesta quinta-feira (21).

Pacheco afirmou que o teto de gastos não deve ser “intocado”, enquanto Lira destacou a necessidade de respeitar o teto de gastos. Mas ambos não divergiram em afirmar sobre a necessidade de se repensar em uma versão 2.0 do auxílio emergencial.

Lira cumpriu agenda em São Paulo nesta semana, estado com 70 parlamentares na Câmara – a maior bancada parlamentar. Depois, seguiu para Minas Gerais nesta quinta-feira (21).  A programação do deputado inclui reunião com empresários e políticos. Minas é o segundo maior estado com número de parlamentares na Câmara – com 53 cadeiras.

Em reunião com deputados e o prefeito Alexandre Kalil (PSD), Lira afirmou ainda quais serão os próximo passos, antes de iniciar a discussão sobre o auxílio emergencial. “Primeiro eu tenho que me eleger e ele ( Pacheco ) tem que se eleger. Se formos eleitos, temos que sentar no dia 2 e definir o mínimo mínimo ”, argumentou.

Porém Lira e Pacheco não são os únicos parlamentares a defenderem o auxílio emergencial. Ambos tem apoio do presidente Jair Bolsonaro, o que sinaliza ainda mais um possível retorno do auxílio emergencial.

Próximos passos: auxílio emergencial

Para Lira, uma Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO) deve ser instalada. Na sequência ele acredita na votação do PEC emergencial no Senado e da reforma administrativa na Câmara. “Se essas três ações principais feitas, acho que teremos todas as condições de tratarmos das possibilidades de auxílio, agora, no meu caso sempre respeitando o teto de gastos”, pontuou.

O teto de gastos significa que o governo não pode gastar mais do que no ano anterior, somado a inflação.

Ele, porém, não falou sobre qual o valor deve ser pago com o novo auxílio emergencial, mas sinalizou, em posicionamento anterior a possibilidade de uma ou duas parcelas, mas sem bater o martelo na questão.

Já Pacheco, ao contrário de Lira, acredita que o teto de gastos não é “intocado”. A medida do teto também é defendida pelo ministro da Economia, Paulo Guedes.

“Nós precisamos, enquanto o Estado brasileiro, encontrar uma solução para remediar o problema dessas pessoas mais vulneráveis, seja com auxílio emergencial seja renovado com incremento do Bolsa Família ou de algo assemelhado”, afirmou Rodrigo Pacheco, ao Estadão. “O teto não pode ser intocado em um momento de extrema necessidade em que é preciso salvar vidas. Obviamente, essa rigidez pode eventualmente ser relativizada, mas vamos trabalhar muito para que não seja relativizada ”, finalizou.

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