Auxílio de R$ 300 fará com que 13 milhões de brasileiros caiam para classes D e E

Governo reduziu pela metade o valor do pagamento das novas parcelas do auxílio emergencial

A pandemia do novo coronavírus está sendo responsável para aumentar a desigualdade na economia de boa parte do mundo. O auxílio emergencial de R$ 600 foi essencial para ajudar os trabalhadores mais vulneráveis no Brasil durante parte da pandemia. O benefício foi essencial também para tirar uma parcela da população da zona de pobreza.

Entretanto, estimativas apontam que cerca de 13 milhões de brasileiros devem voltar para as faixas de mais baixa renda até 2021, aumentando a desigualdade no Brasil. Marcelo Neri, diretor do Centro de Políticas Sociais da Fundação Getulio Vargas (FGV Social), comandou estudo que concluiu que 13,1 milhões de brasileiros saíram do grupo de pessoas com renda per capita de menos de meio salário mínimo. Essa mudança aconteceu especialmente por causa de programas como o auxílio emergencial de R$ 600.

Nos últimos meses de 2020, o auxílio pagará menos: parcelas de R$ 300 até dezembro. Como reflexo, em 2021 os mesmo 13,1 milhões de brasileiros devem sofrer perda de renda e aumentar o número de pessoas que compõem as faixas D e E.

A pesquisa concluiu que o auxílio de R$ 600 evitou que muitos brasileiros passassem fome durante a pandemia. E já que o pagamento do auxílio será cortado pela metade entre setembro e dezembro, muitos já devem voltar às faixas mais baixas de renda da população já ao longo do fim deste ano. Foi publicado, por exemplo, que o auxílio de R$ 300 não é suficiente sequer para comprar uma cesta básica.

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