As reservas internacionais são os ativos do Brasil em moeda estrangeira e funcionam como uma espécie de seguro para o país fazer frente às suas obrigações no exterior e a choques de natureza externa, tais como crises cambiais e interrupções nos fluxos de capital para o país, conforme informações oficiais do Banco Central do Brasil (BCB).
No caso do Brasil, que adota o regime de câmbio flutuante, esse colchão de segurança ajuda a manter a funcionalidade do mercado de câmbio de forma a atenuar oscilações bruscas da moeda local – o real – perante o dólar, dando maior previsibilidade e segurança para os agentes do mercado, explica o Banco Central do Brasil (BCB) em seu site oficial.
De acordo com informações oficiais, essas reservas, administradas pelo Banco Central do Brasil (BCB), são compostas principalmente por títulos, depósitos em moedas (dólar, euro, libra esterlina, iene, dólar canadense e dólar australiano), direitos especiais de saque junto ao Fundo Monetário Internacional (FMI), depósitos no Banco de Compensações Internacionais (BIS), ouro, entre outros ativos.
Dessa forma, a alocação das reservas internacionais é feita de acordo com o tripé segurança, liquidez e rentabilidade, nessa ordem, sendo a política de investimentos definida pela Diretoria Colegiada do Banco Central do Brasil (BCB).
O Banco Central do Brasil (BCB) prioriza a transparência do processo de administração das reservas internacionais. Esta publicação é o décimo terceiro volume do Relatório de Gestão das Reservas Internacionais e detalha a evolução das reservas internacionais do Brasil, destacando as variáveis fundamentais em seu gerenciamento.
De acordo com informações oficiais, a gestão das reservas internacionais ancora-se em um sistema de governança que contempla hierarquia definida entre diversas instâncias decisórias, bem como um sistema de controle e de aferição diários de resultados e de acompanhamento dos investimentos.
O Banco Central do Brasil (BCB) ressalta que, para essa gestão, foi concebido um arcabouço baseado em três pilares:
Adicionalmente, são monitorados, diariamente, os riscos de mercado, de crédito, de liquidez e operacional.
Compete ao Comitê de Governança, Riscos e Controles do Banco Central do Brasil (GRC) estabelecer os objetivos estratégicos e o perfil de risco e de retorno das reservas internacionais do país, informa o Banco Central do Brasil (BCB).
Seguindo essas diretrizes, busca-se uma alocação estratégica que possua características anticíclicas e que reduza a exposição do país a oscilações cambiais, informa o Banco Central do Brasil (BCB) em sua plataforma oficial.