Conforme informações oficiais do Banco Central do Brasil (BCB), a análise das projeções desagregadas dos especialistas revela que o aumento das expectativas da inflação para 2022 reflete perspectiva mais adversa para a evolução dos preços livres, em especial de bens industriais e de serviços, impactando na economia nacional por diversas vertentes.
De acordo com o último Relatório de Inflação divulgado pelo Banco Central do Brasil (BCB), o movimento possivelmente repercute fatores como inércia da maior inflação corrente e percepção de maior lentidão na normalização dos gargalos de oferta em nível global, considerando o cenário pandêmico e a retomada gradual das atividades.
Sendo assim, o Banco Central do Brasil (BCB), informa que a mediana das projeções do Focus aponta para desinflação de 5,2p.p. no ano de 2022, que repercutiria arrefecimento dos choques e os efeitos contracionistas da política monetária.
Dessa forma, essa desinflação seria significativa, mas não a maior já observada desde a introdução do regime de metas para a inflação. Considerando a mudança em doze meses da taxa de inflação acumulada em doze meses, a maior desinflação foi 12,1 p.p, ocorrida de maio de 2003 para maio de 2004.
De acordo com documento oficial do Banco Central do Brasil (BCB), outro episódio de desinflação marcante ocorreu entre agosto de 2016 e agosto de 2017, quando a desinflação observada foi de 6,5 p.p.
As medianas das expectativas para 2023 e 2024 afastaram?se moderadamente das respectivas metas: para 2023 a mediana é de 3,50% (ante meta de 3,25%) e para 2024 de 3,10% (ante meta de 3,00%).
O Banco Central do Brasil (BCB) ressalta que esse deslocamento das expectativas de inflação para horizontes mais distantes é ponto de atenção, na medida em que pode configurar sinal incipiente de desancoragem das expectativas.
O Banco Central do Brasil (BCB) informou em documento oficial que o forte aumento internacional dos preços de gás natural e de diesel, combustíveis das usinas térmicas, deverá exercer pressão adicional sobre preços de energia no próximo ano.
Além disso, a partir de outubro houve relevante aumento das chuvas, especialmente nos subsistemas do Sudeste/Centro?Oeste e do Sul, que permitiu certa recomposição dos reservatórios, afastando a possibilidade de racionamento de energia nos próximos meses.
Por fim, o Banco Central do Brasil (BCB) ressalta que a parcela de empresários da indústria de transformação que citam a escassez de matéria?prima como um fator limitante ao crescimento da produção permanece em patamar elevado, analisa a instituição em documento oficial.