Segundo informações oficiais, na análise dos mercados internacionais, o Comitê de Política Monetária (Copom) debateu dois fatos recentes durante a sua 251ª Reunião, segundo informações do Banco Central do Brasil (BCB).
Em primeiro lugar, segue avaliando que há maior sensibilidade dos mercados a desenvolvimentos que afetem os fundamentos fiscais, em função da conjunção de taxas de juros mais altas com endividamentos soberanos em patamares historicamente elevados.
Além disso, o Comitê de Política Monetária (Copom) debateu a menor liquidez presente nos mercados de títulos soberanos, possivelmente em função da maior incerteza na dinâmica de juros, da reversão das políticas de compras de ativos de longo prazo e de mudanças regulatórias. Tais temas requerem acompanhamento e podem impactar também os ativos de países emergentes de forma mais pronunciada.
Conforme destaca o Comitê de Política Monetária (Copom), os dados de atividade no Brasil seguem indicando um ritmo de crescimento mais moderado na margem, ressalta o Banco Central do Brasil (BCB).
A divulgação do PIB do terceiro trimestre sinaliza redução no ritmo de crescimento, em especial em alguns componentes mais cíclicos. Observou-se, ainda assim, crescimento positivo em todos os componentes da demanda e, pela abertura da oferta, crescimento na indústria e em serviços.
Além disso, os dados do mercado de trabalho também sinalizam uma redução no ritmo de contratações, mas ainda com contratação líquida positiva na margem, destaca o Comitê de Política Monetária (Copom).
O conjunto de dados divulgados, incluindo a queda dos indicadores de confiança e a desaceleração observada nas concessões de crédito, junto com os efeitos defasados da política monetária, reforçam a expectativa do Comitê de Política Monetária (Copom) de desaceleração do ritmo da atividade econômica, que deve se acentuar nos próximos trimestres.
Conforme informações oficiais do Banco Central do Brasil (BCB), houve uma discussão sobre as perspectivas inflacionárias a partir das informações mais recentes.
Alguns membros do Comitê de Política Monetária (Copom) notaram o movimento benigno de commodities em reais, ressaltando riscos de queda adicional à frente. Outros membros enfatizaram o caráter volátil dos preços em ambiente de estoques pressionados.
Por fim, todos avaliaram que a inflação corrente não surpreendeu de forma relevante em relação à expectativa ou alterou substancialmente o entendimento a respeito da dinâmica futura de inflação.
Além disso, ressaltaram que a desinflação de serviços e dos núcleos de inflação, componentes de maior inércia, demandarão maior atenção e perseverança na condução da política monetária, informa o Comitê de Política Monetária (Copom).