O Banco Central apresentou recentemente o Índice de Atividade Econômica (IBC-BR) para o segundo trimestre de 2023. A princípio, o levantamento da instituição financeira apontou que houve no período um crescimento de 0,43% na economia brasileira. Sendo assim, o país conseguiu se reerguer um pouco neste ano.
Todavia, isso se deve ao fato de que no mês de maio a economia brasileira apresentou resultados negativos. Já no mês de junho, o índice, que serve de prévia para o resultado sobre o Produto Interno Bruto (PIB), teve um bom crescimento, de 0,63% , indicando uma reversão sobre os resultados obtidos no mês anterior.
Desse modo, o IBC-BR fechou o segundo trimestre deste ano com 146,65 pontos em relação à série dessazonalizada, ou seja, aquela que não possui influências. Este é um resultado bastante positivo para a economia do país. Vale ressaltar que o índice no início de 2023 apresentou o melhor desempenho desde 2013.
No entanto, no mês seguinte, em fevereiro, aconteceu o maior recuo relacionado à atividade econômica do Brasil, desde março de 2021. Neste ano, o país sofreu as graves consequências da pandemia da covid-19, quando o governo teve que instituir o lockdown. Nesta época, várias empresas fecharam as suas portas.
Desenvolvimento da economia do país
Em síntese, as informações sobre a economia do país obtidas através do IBC-BR do Banco Central são coletadas basicamente da mesma maneira que o levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Aliás, ele é o órgão responsável pelo índice oficial sobre a atividade econômica do Brasil.
Dessa maneira, podemos citar como exemplo, o levantamento de que a economia do país, pelo índice oficial, no primeiro trimestre, apresentou um crescimento de 1,9%. Já o IBC-BR do Banco Central, indicou uma alta de 2,4% no mesmo período. Portanto é preciso ter em mente que o último dado apresentado, é uma prévia, ou seja, uma estimativa.
As informações oficiais relativas ao crescimento econômico contidas no Sistema de Cotas Trimestrais, que deverão ser divulgadas no dia 1º de setembro de 2023. Elas devem ratificar uma redução da atividade econômica relativa ao crescimento no primeiro trimestre deste ano, com uma alta do PIB puxada pela agropecuária (21,6%).
A economia segue se desenvolvendo, na comparação entre os meses de junho de 2022 e 2023. Houve uma alta de 2,1% sem considerar os ajustes sazonais. Em relação ao acumulado de 12 meses, houve um crescimento expressivo, de 3,35% na atividade econômica do país. No primeiro semestre houve uma alta de 3,42%.
Conjuntura da economia
Em suma, o cenário desfavorável da economia do país apresentado pelo levantamento, relativo ao PIB, que é o crescimento de todos os bens e serviços produzidos no Brasil, se deve em parte pela alta dos juros básicos. O Governo Federal vem criticando o Banco Central por conta da manutenção da taxa Selic.
Vale ressaltar que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, reduziu recentemente a taxa Selic, que passou de 13,75% ao ano para 13,25%. Foi a primeira queda depois de três anos. As críticas e pressões se devem ao fato de que há uma necessidade urgente de retomar o crescimento da economia nacional.
A taxa Selic influencia diretamente na economia, devido ao fato de que com os juros altos, há uma redução no consumo da população, além de que o crédito fica mais caro. A ata da reunião do Copom, apresentada pelo Banco Central, diz que alguns indicadores atuais demonstram uma desaceleração da atividade econômica.
Reunião do Copom
De acordo com o documento apresentado pelo Banco Central, no início do mês, “Observa-se alguma retração no setor de comércio, estabilidade na indústria e certa acomodação no setor de serviços, após ritmo mais forte nos trimestres anteriores. O mercado de trabalho segue resiliente, mas com alguma moderação na margem”.
A taxa de juros básica da economia nacional, Selic, vem sendo debatida há muito tempo. É preciso salientar que o Banco Central deve continuar a reduzir o índice durante este ano, o que é uma boa notícia para o mercado e para o Governo Federal, visto que pode trazer boas consequências para a economia do país para 2023.
Em conclusão, no último Relatório Trimestral de Inflação (RTI), o Banco Central apresentou um crescimento maior do PIB para o país, que passou de 1,2% para 2% neste ano de 2023. Enquanto isso, os analistas do mercado financeiro anunciaram suas expectativas sobre a economia do Brasil para este ano, de 2,29% no total.