Economia

Economia brasileira CRESCE 0,56% em abril, revela Banco Central

economia brasileira cresceu 0,56% em abril deste ano, na comparação com o mês anterior. Esse dado se refere ao Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), que é realizado pelo Banco Central (BC) e foi divulgado nesta semana.

Em resumo, a economia brasileira conseguiu continua mostrando um crescimento robusto nos primeiros meses do governo Lula, e esses dados ficam ainda mais evidentes quando comparados aos últimos meses do ano passado, no fim do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Confira abaixo o desempenho da economia brasileira nos últimos meses de 2022 e nos primeiros de 2023, em comparação ao mês imediatamente anterior:

  • Agosto de 2022: -1,43%;
  • Setembro de 2022: -0,24%;
  • Outubro de 2022: -0,27%
  • Novembro de 2022: -1,26%
  • Dezembro de 2022: +0,79%
  • Janeiro de 2023: +0,68%
  • Fevereiro de 2023: +2,64%
  • Março de 2023: -0,14%
  • Abril de 2023: +0,56%.

Todos esses números passaram por um ajuste sazonal para que houvesse “compensação” em relação aos períodos diferentes. Dessa forma, os dados refletem a realidade da variação econômica do país, com dados ajustados e não apenas nominais, conforme as taxas inflacionárias de cada período.

Os resultados mensais mostram que a economia brasileira registrou taxas positivas de maneira recorrente no início de 2023. A base comparativa enfraquecida ajudou a atividade econômica do país a registrar bons resultados nos primeiros meses deste ano. Aliás, a expectativa é que o PIB brasileiro cresça mais que o esperado neste ano.

Por falar nisso, cabe salientar que o indicador do BC é considerado a ‘prévia’ do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro.

Economia brasileira cresce na base anual

O desempenho da economia brasileira também foi bastante expressivo na base anual. Em síntese, a atividade econômica do país cresceu 3,31% na comparação com abril de 2022, superando em quase seis vezes a alta mensal. Isso mostra que os dados do início de 2022 foram mais fracos que os deste ano.

Inclusive, no ano passado, o PIB brasileiro cresceu 2,9%, em comparação com 2021. Esse foi o terceiro avanço da atividade econômica nos últimos quatro anos. Veja abaixo o desempenho da economia brasileira entre 2019 e 2022, na comparação com o ano anterior:

  • 2019: +1,05%
  • 2020: -4,2%
  • 2021: +4,68%
  • 2022: +2,9%

Nos últimos quatro anos, o único resultado negativo foi registrado em 2020 devido à pandemia da covid-19, que afundou a economia global, levando as maiores nações do planeta a uma recessão econômica.

Entre os grandes países, a única exceção foi a China, que conseguiu fechar o ano de 2020 com um crescimento de 202% do PIB, valor considerado tímido para os padrões do país asiático.

No Brasil, o tombo foi o maior desde 1996 e interrompeu uma sequência de três anos de crescimento, período em que a atividade econômica do país acumulou alta de 4,6%.

Todavia, de lá para cá, o país vem conseguindo superar as dificuldades, apesar de as estimativas para 2023 serem mais modestas que nos outros anos.

No acumulado entre janeiro e abril de 2023, a economia brasileira cresceu 3,88%. (Imagem: Reprodução/Modalmais).

Projeções para a economia brasileira em 2023

Em síntese, o Banco Central divulga semanalmente o relatório Focus, que traz projeções de analistas do mercado financeiro sobre indicadores econômicos do país. Para 2023, os analistas estimam que o PIB brasileiro deverá crescer 1,84%, taxa mais tímida dos últimos anos.

Contudo, vale destacar que as projeções estavam ainda mais pessimistas um mês atrás. Em suma, os analistas do mercado financeiro estimavam que a economia iria crescer apenas 1,00% neste ano, ou seja, houve uma forte elevação nas projeções.

Ainda assim, a economia do país deverá sofrer uma desaceleração neste ano, em relação a 2022. E o principal fator para isso são os juros elevados, que reduzem significativamente o consumo no país.

Em maio, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC manteve pela sexta vez consecutiva a taxa Selic estável em 13,75% ao ano. Esse é o maior patamar dos juros no país desde novembro de 2016, ou seja, em seis anos e meio.

Para quem não sabe, a Selic é o principal instrumento do Banco Central para conter a alta dos preços de bens e serviços, a temida inflação. Quanto mais alta a Selic, mais altos ficam os juros no país. Assim, o crédito fica mais caro, reduzindo o poder de compra do consumidor e desaquecendo a economia.

A propósito, a inflação estourou a meta no ano passado. Em outras palavras, os preços de bens e serviços subiram mais do que deveriam no país. Isso também é esperado para este ano, apesar da manutenção dos juros em patamar elevado, o que vem provocando críticas recorrentes do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Entenda o indicador do BC

O IBC-Br é uma ‘prévia’ do PIB, ele avalia a evolução da atividade econômica do Brasil e ajuda o BC na tomada de decisões em relação à taxa básica de juros, a Selic.

Na prática, o indicador reúne informações sobre o nível de atividade dos três setores econômicos do país:

  • Indústria;
  • Comércio e serviços;
  • Agropecuária.

Além disso, o BC também contabiliza o volume de impostos arrecadados no país. Ao final de tudo isso, a entidade financeira divulga a prévia do PIB brasileiro. Contudo, vale destacar que esse não é o índice oficial do país para medir a atividade econômica.

O PIB corresponde à soma de todos os bens e serviços produzidos no país. O responsável pela divulgação desse indicador é o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que informa os dados oficiais da economia brasileira.