Notícias

Economia: botijão de gás de cozinha fica 4,7% mais barato

O botijão de gás de cozinha, presente em quase todas as residências brasileiras, terá uma redução de 4,7% nas distribuidoras de todo o país, a partir desta terça-feira(13/09). O quilo vendido passará de R$4,23 para R$4,03. A princípio, o produto de 13 quilos, para os revendedores, terá uma média de preços em torno de R$52,34.

De acordo com a Petrobras, a evolução do valor do gás de cozinha está relacionada à política de preços da estatal, que procura por um reequilíbrio, se adequando ao que é negociado no mercado. Ademais, ela não leva em consideração aspectos econômicos relacionados às cotações da taxa de câmbio, por exemplo.

Como o repasse de preços alcançou as distribuidoras, não é certo que a redução do valor do produto seja passado para o consumidor final. Todavia, isso se deve ao fato de que depende de cada revendedor propor os valores de seus artigos. No período de 28 de agosto a 3 de setembro o preço médio do botijão estava em R$111,57.

Esta estatística está de acordo com um estudo realizado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Combustíveis (ANP). Aliás, a última variação de preços do botijão havia sido feita em abril de 2022, com o quilo do produto a R$4,23. A Petrobras tem procurado por uma redução do valor de sua produção. No início do mês ela havia anunciado uma queda de 7% no valor da gasolina.

Preço do botijão de gás

O valor do botijão de gás de cozinha estava em uma trajetória de alta desde o início do ano passado. Em Julho de 2021, o gás liquefeito de petróleo (GLP) subiu cerca de 6%. Analogamente, em outubro, o produto teve uma alta de mais de 7,2% e em março de 2022, a variação no preço foi de 16,1%. 

É preciso observar que o Imposto Sobre Circulação de Produtos e Serviços (ICMS) sobre o botijão de gás é de 10,6% do valor repassado ao consumidor. O preço final é de responsabilidade das distribuidoras. Desse modo, para compor o valor do produto, elas levam em consideração os seus gastos com a logística e sua margem de lucro.

Em relação aos impostos federais, eles estão zerados até o final do ano. O Governo Federal, com o objetivo de frear a inflação, criou, em junho, através de um projeto de Lei, um limite para o ICMS de uma série de artigos, como diesel, gasolina, gás de cozinha, energia elétrica, comunicações e transporte público.       

As campanhas realizadas pelo Palácio do Planalto para reduzir o índice de preços ao consumidor de todo o país tiveram bons resultados. No mê de julho houve uma deflação de -0,68%. Em agosto o índice atingiu os -0,36%. Dessa maneira, além da redução do ICMS, o Banco Central procurou aumentar a taxa básica de juros da economia para 13,75% com o objetivo de diminuir o índice inflacionário.

Auxílio-gás

Com a crise econômica nacional causada pela pandemia da covid e o lockdown, a renda das famílias brasileiras mais vulneráveis despencou. Analogamente, o governo então procurou através de programas de distribuição de renda, auxiliá-las de diversas maneiras, como por exemplo, através do benefício do Auxílio Gás.

O Palácio do Planalto criou o programa no ano passado, com um pagamento a cada dois meses. Em agosto de 2022, houve um aumento do benefício que passou para R$110. Cerca de 5,6 milhões de famílias estão aptas a receber a quantia. O governo sinalizou que pretende incluir no programa as famílias participantes do Auxílio Brasil.

Espera-se que este novo valor do benefício cubra as três parcelas restantes de 2022. O pagamento ainda é previsto para outubro e dezembro. Em 2023, o valor do Auxílio Gás irá retornar para os 50% do preço médio de um botijão de 13 quilos. em síntese, estima-se que o governo irá gastar R$1 bilhão com o programa social.

As famílias inscritas no CadÚnico com uma renda per capita menor que ou igual a meio salário mínimo, que possuam integrantes que recebam o Benefício de Prestação Continuada, terão direito ao Auxílio-Gás. O Ministério da Cidadania fará a seleção a partir de seu banco de dados relacionados ao Auxílio Brasil, Cadastro Único, entre outros.