Economia

Economia atual e a elevação da inflação ao consumidor

Segundo informações do Comitê de Política Monetária (Copom), apesar da queda recente, especialmente nos itens voláteis e afetados por medidas tributárias, a inflação ao consumidor continua elevada, de acordo com o Banco Central do Brasil (BCB).

Economia atual e a elevação da inflação ao consumidor

Itens relacionados a bens industriais, refletindo a queda mais intensa dos preços ao produtor e a distensão das pressões nas cadeias globais de valor, também apresentaram desaceleração, embora ainda lenta. 

Os componentes mais sensíveis ao ciclo econômico e à política monetária, que apresentam maior inércia inflacionária, mantêm-se acima do intervalo compatível com o cumprimento da meta para a inflação, ainda que tenham apresentado alguma moderação na margem. 

Atualização sobre as expectativas da inflação

A divulgação oficial do Banco Central do Brasil (BCB) ressalta que as expectativas de inflação para 2022, 2023 e 2024 apuradas pela pesquisa Focus encontram-se em torno de 5,9%, 5,1% e 3,5%, respectivamente, atualiza o Comitê de Política Monetária (Copom).

Cenários e análise de riscos

No cenário de referência, a trajetória para a taxa de juros é extraída da pesquisa Focus e a taxa de câmbio parte de USD/BRL 5,252, evoluindo segundo a paridade do poder de compra (PPC). 

Alteração no preço do petróleo

O preço do petróleo segue aproximadamente a curva futura pelos próximos seis meses e passa a aumentar 2% ao ano posteriormente. Além disso, adota-se a hipótese de bandeira tarifária “verde” em dezembro de 2022 e “amarela” em dezembro de 2023 e de 2024. 

Nesse cenário, as projeções de inflação do Comitê de Política Monetária (Copom) situam-se em 6,0% para 2022, 5,0% para 2023 e 3,0% para 2024. O Comitê julga que a incerteza em torno das suas premissas e projeções atualmente é maior do que o usual.

Sobre o processo de desinflação global

Segundo informações oficiais, o Comitê de Política Monetária (Copom) debateu a velocidade do processo de desinflação global. Por um lado, o relaxamento das pressões sobre as cadeias globais de produção, assim como a queda recente nos preços de commodities, indica que o movimento deve prosseguir no curto prazo, principalmente nos segmentos de bens industriais, energia e alimentos. 

Processo lento e não linear

Por outro, o Comitê de Política Monetária (Copom) debateu que, diante da disseminação das pressões inflacionárias para o segmento de serviços, que possui caráter mais inercial, em ambiente de mercado de trabalho apertado em diversos países, o processo de desinflação deve ser não linear e mais lento do que o observado em episódios recentes, destaca o Banco Central do Brasil (BCB).