O e-commerce continua ganhando cada vez mais adeptos globalmente, mesmo após o ápice da pandemia de covid-19. Segundo um estudo da empresa de pesquisa de mercado eMarketer, há dois anos, apenas 17,8% das vendas eram feitas a partir de compras on-line. Esse número deve chegar a 21% em 2022 e com a movimentação de US$ 5,55 trilhões.
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E tudo leva a crer que, daqui para frente, o comércio digital se consolidará ainda mais. Estima-se que o crescimento continuará até chegar a 24,5% até 2025, o que se traduz em um aumento de 6,7 pontos percentuais em apenas cinco anos. Claro que a pandemia teve seu papel nesse período, visto que comércios físicos foram fechados em boa parte do mundo.
Só Dia dos Namorados deve movimentar, no Brasil, R$ 6,7 bilhões este ano, segundo projeção da Neotrust, empresa de inteligência que monitora o e-commerce brasileiro. O valor representa um crescimento de 2% em relação ao ano passado. Em termos de pedidos, é esperado que o comércio eletrônico alcance 14,2 milhões de pedidos, elevação de 1% em comparação com 2021.
De acordo com o levantamento da Neotrust, o tíquete médio (valor de cada venda) para o Dia dos Namorados deve ser de R$ 469,00 em 2022, um aumento de 1%, acompanhando a tendência de desaceleração nas vendas do comércio eletrônico. O período da projeção é de 28 de maio a 11 de junho.
A Neotrust aponta que o avanço para a data comemorativa é pouco expressivo se comparado aos anos anteriores. Isso se deve por variados fatores, entre eles a retomada do comércio físico após o fim das restrições impostas pela pandemia. Apesar do crescimento em um ritmo menor, o varejo digital segue em um patamar bem superior ao período pré-pandêmico, destaca a consultoria.
Para que este mercado não perca o fôlego, é necessário que o investimento em tecnologia se mantenha. Um dos pontos importantes é a integração de marketplace, que torna as atividades dos sellers (que é a loja que vende pela plataforma) bem mais estruturadas.
Como muitos vendedores de marketplaces oferecem seus produtos em mais de uma plataforma ao mesmo tempo, como por exemplo – Americanas Marketplace, Mercado Livre, Magalu, Shopee – é possível que a gestão das vendas, se for feita de forma individual, se torne um grande desafio, a começar pelo número de colaboradores, softwares especializados e investimentos.
Por isso, há quem defenda que apenas ter uma loja virtual não é o bastante para vender. Vinícius Ribeiro, líder de Marketing da Magis5, um hub integrador que centraliza vendas e a gestão do negócio, diz que o e-commerce se tornou uma necessidade dentro do atual padrão de consumo. Para atendê-lo e poder continuar crescendo, portanto, é preciso ser mais eficiente.
Ribeiro defende que a integração de marketplace oferece uma gestão muito melhor das operações, que vão desde o cadastro do produto, passando pela impressão de notas fiscais e etiquetas de forma conjuntas, controle de estoques de CNPJs no mesmo dashboard, precificação e relatórios.
Ele conta que a tecnologia permite que vendedores no e-commerce consigam economizar tempo, dinheiro e esforço com tarefas manuais. Também é possível resolver os principais problemas de integração e controle encontrados por eles, como a criação de anúncios automáticos para todos os marketplaces, sincronização de estoques, controle de preços, expedição, entre outras atividades.
Já existem lojas se beneficiando desse processo. A Na Web Utilidades, que já atendeu cerca de 400 mil clientes e vendeu mais de 25 mil produtos, conseguiu aumentar o faturamento em 20% após integrar os marketplaces por onde vende. O processo, implementado no final de 2021, permitiu à empresa deixar de ter um estoque separado para cada plataforma e de precisar cadastrar os produtos em cada um dos sites.
Além do ganho de tempo, a Na Web Utilidades também não precisa mais fazer gerenciamento de pedidos separadamente, o que evita cancelamentos. Diversos outros processos também se tornaram mais eficientes, como organizar os pagamentos e ajustar de preços, diminuindo também os custos com pessoal e também a falha humana.