Durou pouco: Governo Lula não alivia e gasolina deve subir mesmo após redução da Petrobras
A Petrobras anunciou recentemente reduções de preços de seus combustíveis. No entanto, mesmo assim o preço da gasolina deve aumentar nos postos de combustíveis espalhados pelo Brasil, impacto que será sentido diretamente pelos consumidores.
No dia 30 de junho, a Petrobras reduziu o valor da gasolina nas distribuidoras em R$ 0,14 por litro, o que representou uma redução de 5,3% com relação ao preço anterior. Anteriormente, o combustível já havia sofrido uma redução de R$ 0,13 por litro no dia 16 de junho.
Entretanto, mesmo com as tentativas da Petrobras de segurar o preço da gasolina, o combustível deve sofrer um aumento logo, segundo previsões. Um dos motivos é a liberdade dos postos de gasolina, que definem o preço final como querem e aumentam suas margens de lucro.
Por que a gasolina vai aumentar?
Além dos lucros dos postos de gasolina, o combustível irá sofrer um aumento pela volta da cobrança dos impostos federais PIS/Cofins. Esses impostos haviam sido exonerados durante o governo de Jair Bolsonaro, e devem representar um aumento de R$ 0,34 no preço por litro da gasolina.
Dessa forma, as reduções que a Petrobras fez anteriormente apenas amenizam o impacto da volta desses impostos. Com isso, as reduções representam um aumento menor no preço do combustível, e não uma redução de fato.
Lembrando que as reduções realizadas pela Petrobras recentemente não foram as únicas medidas tomadas para controlar o preço dos combustíveis no Brasil. Além disso, houve o fim do PPI (Preço de Paridade de Importação) e a fixação da alíquota do ICMS.
Com todas essas questões, as reduções recentes no preço da gasolina pela Petrobras devem representar, de fato, uma redução de R$ 0,10 por litro. Dessa forma, o aumento de R$ 0,34 por litro referente à volta do PIS/Cofins deverá ser de apenas R$ 0,24 por litro. Sendo assim, o preço médio da gasolina no Brasil deve ficar em torno dos R$ 5,60, sendo que antes era de R$ 5,36.
É importante deixar claro que esses valores são uma estimativa, e os preços da gasolina podem variar. Como as medidas para a redução de preços demoraram, o recomendado é se preparar para pagar mais caro no combustível, antes que volte a cair novamente.
Diferença nos preços médios dos combustíveis
Segundo uma pesquisa realizada pelo Procon-SP em todo o estado, nos dias 27 e 28 de junho, a diferença nos preços médios dos combustíveis chega a 49,04% na gasolina comum, 61,49% no etanol e 72,20% no diesel S10.
A pesquisa coletou dados de 50 postos na capital do estado, e mais 80 estabelecimentos espalhados pelo interior, localizados nas cidades de Santos, Sorocaba, São José dos Campos, Campinas, Ribeirão Preto, São José do Rio Preto, Bauru e Presidente Prudente.
As variações no preço citadas são referentes aos valores máximos e mínimos dos combustíveis, encontrados nos postos das regiões citadas. De acordo com o Procon, essas diferenças podem ser explicadas pelas variações de custos da gasolina e outros combustíveis nas distribuidoras, assim como as variações de impostos, pelas regiões em que os postos se localizam e também pelo posicionamento comercial de cada estabelecimento pesquisado.