No Brasil, tem se tornado mais comum apresentar algum interesse em relação às moedas antigas. Antigamente, poucas pessoas prestavam atenção neste universo, mas a numismática está crescendo no país e atraindo muita gente, que deseja saber mais sobre a história e a importância destes itens.
Para quem não sabe, a numismática consiste no estudo, pesquisa e especialização de medalhas, cédulas e moedas, sob o ponto de vista histórico, econômico e cultural. O termo também tem sido utilizado comumente para designar o colecionismo destes itens no país.
Cabe salientar que esse universo não se restringe ao colecionismo de itens antigos. Na verdade, moedas recentes, com poucos anos de fabricação, podem apresentar uma valorização elevada no país. E foi justamente isso o que aconteceu com duas moedas de 1 real fabricadas há poucos anos, na década passada, que agora é muito procurada pelos colecionadores.
No Brasil, a Casa da Moeda fabrica o dinheiro conforme os pedidos feitos pelo Banco Central (BC). Os modelos devem ser idênticos e padronizados, contendo todas as características nos locais corretos.
Entretanto, nem sempre isso acontece, e os modelos acabam se valorizando quando apresentam alguma falha ou defeito. Isso acontece porque o item se torna único, e muitas pessoas passam a buscá-lo, mostrando-se dispostas a pagar caro por ele.
Nos anos de 2012 e 2017, a Casa da Moeda fabricou 145,6 e 180,3 milhões de unidades, respectivamente. Em meio a esses itens, alguns apresentaram um defeito considerado bobo por boa parte da população, e que passa até despercebido pela maioria das pessoas. Apesar de pouco evidente, a falha foi suficiente para elevar em centenas de vezes o valor das moedas.
Algumas pessoas podem pensar que apenas os itens antigos são buscados pelos colecionadores, pois representam uma parte da história do país. Entretanto, modelos recentes podem atrair os numismatas, contanto que tenham peculiaridades que os façam únicos.
A propósito, as principais características que valorizam um item são:
Como os colecionadores buscam itens raros e únicos, estes fatores chamam a atenção e os fazem pagar caro para terem os itens, até porque, como o passar do tempo, torna-se cada vez mais difícil encontrá-los no país. Por isso que seus valores crescem tanto, fazendo diversas pessoas venderem itens com preços muito altos.
De acordo com o Catálogo Ilustrado Moedas com Erros, os modelos de 2012 e 2017 podem ser vendidos por uma boa grana. Aliás, as moedas recebem algumas classificações quanto ao seu estado de conservação, e isso determina o valor pago pelos colecionadores.
O primeiro termo se chama flor de cunho, que se refere aos exemplares que não circularam, ou seja, não apresentam qualquer sinal de desgaste ou manuseio. Em outras palavras, são moedas que não possuem marcas e estão em perfeito estado de conservação. Estes são os modelos que valem mais.
Por sua vez, o estado de soberba se refere às moedas que apresentam, aproximadamente, 90% dos detalhes da cunhagem original. Em suma, os exemplares que tiveram uma pequena circulação se enquadram neste segmento.
Já a moeda muito bem conservada (MBC) se caracteriza por ter mais sinais de manuseio e uso. Os itens devem apresentar, aproximadamente, 70% dos detalhes da cunhagem original. Além disso, o seu nível de desgaste deve ser homogêneo, sem ter um local bem mais desgastado que outro.
Segundo o catálogo, a moeda de 1 real de 2017 com o reverso invertido possui os seguintes valores:
Já no caso do modelo de 2012 o catálogo informa que o valor pode chegar a R$ 500 se for flor de cunho com o reverso invertido. Isso quer dizer que as pessoas que tiverem ambas as moedas poderão faturar R$ 720 de uma maneira rápida e simples.
Inclusive, cabe salientar que os valores informados em catálogos são apenas estimativas para as moedas. Na verdade, tudo depende da negociação entre vendedores e compradores, já que uma pessoa pode se mostrar disposta a pagar mais caro que outras pelos itens.
Os interessados em vender seus exemplares podem conseguir isso através de diversas maneiras. Confira abaixo as principais formas de vender moedas raras para colecionadores.
Por fim, as pessoas devem aumentar o conhecimento no tema e ganhar experiência no mercado para conseguirem preços justos. Cabe salientar que os leilões oferecem um ambiente competitivo, aumentando as chances de venda das moedas a preços mais elevados.