Na recente segunda-feira, dia 7, o Banco Central surpreendeu ao apresentar o DREX, uma inovação que tem sido rapidamente associada como um “primo” do já conhecido PIX.
Contudo, é importante esclarecer os detalhes e entender o papel desse novo sistema no cenário financeiro.
Obviamente que, com o anúncio, surge naturalmente a pergunta: o DREX está destinado a substituir o PIX? Para responder a essa questão, é crucial compreender que essa sigla, na verdade, corresponde ao Real Digital, um ambicioso projeto que vem sendo meticulosamente elaborado pelo Banco Central.
Com isso, existem caraterísticas bem particulares entre os sistemas, que possuem propósitos distintos, embora compartilhem o objetivo geral de modernizar e simplificar transações financeiras.
Portanto, o DREX não foi concebido com o propósito de substituir o o mais utilizado sistema de pagamento eletrônico atualmente, mas sim de complementá-lo e expandir as possibilidades financeiras no cenário digital.
O Banco Central vem trabalhando nesse projeto por um considerável período de tempo, e sua revelação no início desta semana gerou inquietações e interrogações entre os cidadãos brasileiros.
Enfim, vale ainda pontuar que, espera-se que a versão completa e funcional desse novo projeto esteja acessível aos cidadãos até o término do próximo ano.
Quer entender muito mais sobre o Real Digital? Além de entender melhor as diferenças fundamentais entre esses dois sistemas atuais? Então continue esse texto com a gente para esclarecer várias dúvidas.
Entenda melhor sobre o DREX
Esse inovador recurso está sendo apontado como o “primo” do PIX, devido à sua estreita afinidade tecnológica. Mas, se resume a isso. Isso porque, basicamente, o aspecto distintivo entre o DREX e o Pagamento Instantâneo reside na sua essência fundamental, como já foi mencionado.
Enquanto o método de pagamento representa uma ferramenta destinada a transações financeiras instantâneas, o DREX assume a forma de uma moeda propriamente dita, marcando assim a inauguração da primeira moeda oficial virtual do país. Ou seja, se configura como a própria unidade monetária digital que pode ser objeto de transferência.
Dessa forma, os indivíduos no Brasil terão a capacidade de utilizar a versão digital da moeda nacional para realizar transferências, tanto por meio do PIX quanto por outras modalidades disponíveis.
Isso abre uma via multifacetada para a efetuação de transferências financeiras, proporcionando flexibilidade e conveniência aos usuários na busca por opções que melhor se adequem às suas necessidades.
Taxas do novo sistema
Vale mencionar ainda uma outra diferença importante entre esses sistemas tecnológicos, isto é os custos associados ao DREX.
Assim, no contexto do Real Digital em desenvolvimento, é antecipado que os usuários possam vir a arcar com determinadas tarifas relacionadas ao seu uso.
“Tem um custo, mas esse custo parece que será muito mais barato. Estamos trabalhando para construir essa tecnologia de forma que seja muito mais barata do que aquilo que temos disponível atualmente”, pontuou o coordenador do DREX no Banco Central, Fabio Araújo.
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Como será o uso do DREX?
Dentro do escopo do projeto da moeda digital, está prevista a inclusão de um sistema de compra e venda de títulos públicos, em colaboração com o Tesouro Nacional. Dessa forma, se permitirá a aquisição e a alienação desses títulos utilizando a nova moeda em circulação.
Segundo a análise de especialistas, o DREX, não só viabilizará transações de títulos públicos, mas também abrirá portas para uma série de novos serviços financeiros digitais.
Um exemplo notável é a implementação de contratos inteligentes, que automatizam e garantem a execução de acordos sem a necessidade de intermediários.
Além dessa inovação, o DREX encontrará aplicabilidade em diversos outros setores dos serviços financeiros. Entre eles, destacam-se empréstimos, seguros e investimentos, proporcionando um ambiente digital seguro e ágil para a realização dessas atividades.
Com essa abordagem abrangente, a introdução do Real Digital no cenário financeiro tem o potencial de transformar a maneira como interagimos com transações monetárias e serviços financeiros.
“Estamos usando essa tecnologia para facilitar o acesso a serviços financeiros. Quando você tem o valor registrado e acessível de maneira simples e confiável (…), você baixa o custo e democratiza acesso ao serviço“, disse também Fábio Araújo.