Dólar CAI pelo 4º pregão; Veja cotação da moeda americana

Dólar CAI pelo 4º pregão seguido; Veja cotação da moeda americana

O dólar fechou a quarta sessão consecutiva em queda, aliviando ainda mais o câmbio. Nesta quarta-feira (11), a moeda norte-americana teve um leve recuo de 0,14% e fechou o dia cotada a R$ 5,0489, menor patamar de outubro.

As quedas até podem parecer estranhas, já que o mundo segue acompanhando os conflitos entre Israel e o grupo extremista islâmico armado Hamas. Em resumo, quando há preocupações globais, como estes conflitos, os investidores tendem a buscar ativos mais seguros, principalmente os títulos do Tesouro dos Estados Unidos, e isso beneficia o dólar.

Contudo, nos últimos dias, a moeda americana só fez cair, e a principal explicação para isso é que os conflitos no Oriente Médio ainda não representam um risco para a atividade econômica global, ao menos por enquanto. Para muitos analistas, a situação de Israel e dos palestinos precisa de ajuda humanitária, mas não deverá ter forças para impactar a economia mundial.

Embora o dólar tenha caído novamente, a divisa ainda acumula um avanço de 0,44% em outubro. Esse resultado sucede as altas de agosto (4,68%) e setembro (1,55%) e mostra que a divisa está subindo pelo terceiro mês consecutivo, refletindo o aumento do pessimismo entre os investidores, mesmo com os recuos mais recentes.

Por outro lado, o resultado no acumulado de 2023 é positivo para o real brasileiro, uma vez que o dólar acumula queda de 4,34% no ano. Aliás, a queda anual chegou a atingir 11% em julho, mas as preocupações com o exterior impulsionaram o dólar nos últimos meses, reduzindo boa parte das perdas.

Dólar recua de novo, mas investidores seguem atentos ao cenário internacional
Dólar recua de novo, mas investidores seguem atentos ao cenário internacional. Imagem: Agência Brasil.

Inflação no Brasil vem mais fraca que o esperado

Nesta quarta-feira (11), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA) subiu 0,26% em setembro. A saber, o indicador é considerado a inflação oficial do Brasil, ou seja, seus dados são muito importantes para o mercado de câmbio.

Em suma, a taxa inflacionária veio abaixo do esperado, já que os analistas projetavam uma inflação de 0,33% em setembro. Esse resultado é muito positivo, pois indica que a redução dos juros no Brasil não está mais forte do que deveria, uma vez que a inflação não está subindo significativamente.

O Banco Central (BC) reduziu em 1,0 ponto percentual a taxa básica de juro da economia brasileira, a Selic, entre agosto e setembro. A expectativa é que haja mais um corte de 1,0 ponto percentual até o final do ano.

Essas reduções só foram possíveis devido à desaceleração da inflação no Brasil. Isso porque a taxa Selic é o principal instrumento do BC para controlar a taxa inflacionária no país. Em síntese, quando a taxa Selic sobe, puxa consigo os juros no país, como o imobiliário e o bancário, por exemplo. Dessa forma, o poder de compra do consumidor fica menor, já que o crédito fica mais caro no Brasil.

Os dados do IPCA de setembro foram muito positivos e aumentaram o otimismo entre os investidores, que optaram por deixar o dólar de lado. Isso aconteceu porque os juros elevados aumentam o custo de vida da população, enfraquecendo a atividade econômica do país. Como a expectativa é que os juros continuem caindo, a economia brasileira deverá se fortalecer cada vez mais.

Juros não devem subir nos EUA

Na véspera (10), o vice-presidente do Federal Reserve (Fed), banco central dos EUA, acalmou o mercado, que vinha temendo a alta dos juros no país. De acordo com ele, a entidade não deverá elevar a taxa de juros nos EUA. Isso só deverá acontecer após discussões com muita cautela, tudo para evitar danos à economia norte-americana.

Nos dois últimos anos, o Fed elevou recorrentemente os juros para segurar a inflação nos Estados Unidos, que chegou ao maior patamar em quase 40 anos. Atualmente, a taxa de juros está no nível mais elevados em mais de duas décadas anos, e havia risco de subir ainda mais até o final do ano.

Entretanto, na última reunião do Fed, realizada em setembro, a entidade optou por manter os juros estáveis nos EUA. Contudo, não descartou a possibilidade de elevar a taxa nas próximas reuniões, a depender dos dados econômicos nacionais. Isso aumentou as preocupações entre os investidores, algo que fortalecia o dólar.

Nesta quarta-feira (11), o Departamento do Trabalho dos EUA revelou que os preços ao produtor subiram 0,5% em setembro, acima das projeções de analista (0,3%). Isso preocupou um pouco o mercado e reduziu a queda que o dólar poderia ter tido no dia. Ainda assim, não foi capaz de impulsionar a moeda americana para o campo positivo na sessão.

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