Conforme resultados de pesquisa do Conjuve (Conselho Nacional da Juventude) lançada em julho, três em cada dez jovens consideram ainda durante a pandemia voltar à escola ou faculdade. Nesse sentido, uma das consequências do longo período de suspensão das aulas presenciais e fechamento das instituições de ensino no Brasil é o aumento da evasão.
Por isso e por outras questões, a Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) é uma das entidades que defende que os governos priorizem com urgência a retomada das aulas.
De acordo com Marlova Jovchelovitch Noleto, diretora e representante da Unesco no Brasil, para evitar que tal movimento de evasão escolar se concretize é fundamental um conjunto de ações coordenadas. Assim, Noleto acredita que é preciso que haver uma combinação de as políticas educacionais com políticas de renda para os jovens. A busca por formas de contribuir com a renda da família é um dos principais motivos que levam os jovens a desistirem da educação formal. Então, tratar desse problema seria um passo muito importante para evitar a evasão da juventude.
“Não podemos permitir que essa crise de aprendizagem se transforme, de nenhuma maneira, em uma catástrofe de aprendizagem”, afirmou em entrevista à BBC News Brasil.
Diálogo entre os atores mais relevantes
Noleto afirmou ainda que a Unesco acredita que reabrir as escolas é uma prioridade. No entanto, a organização defende também que haja cautela, para preservar e salvar vidas.
Nesse sentido, a Unesco defende que um diálogo integrado é crucial para o processo. Por meio do diálogo, seria possível ouvir todos os “atores relevantes”. Assim, o debate entre as áreas de educação e saúde seria indispensável “para que se possa reabrir as escolas com segurança”.
Ela afirmou ainda que para a retomada, é necessário analisar caso por caso. Tomar a decisão localmente seria o mais correto tendo em vista uma série de fatores, como a questão da infraestrutura das escolas.
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Fonte: BBC News Brasil.