Você sabia que ainda é possível resgatar cerca de R$ 7,5 bilhões através do Sistema de Valores a Receber (SVR), do Banco Central (BC)? Nesta segunda-feira (8), o BC divulgou os dados mais recentes do SVR, que vem sendo acessado pelos brasileiros desde 2022.
Os valores são referentes ao mês de novembro de 2023, ou seja, o valor presente nas contas dos usuários em janeiro de 2024 pode ser um pouco diferente. Entretanto, os valores não devem apresentar uma grande variação, visto que, nos últimos anúncios do BC, a diferença entre os números foi bem pequena.
O que é SVR?
A saber, o Banco Central liberou a primeira fase de consultas e saques de valores a receber no início de 2022. A segunda fase teria início em abril, mas a greve dos servidores do BC, que durou três meses, afetou todo o calendário do sistema.
Em meio a isso, as consultas só foram retomadas em 2023, e os s brasileiros ainda podem realizar pesquisas para verificar se possuem dinheiro esquecido em instituições financeiras. Caso a respostas seja positiva, também é possível resgatar os valores através do SVR.
Para saber se existe algum valor disponível para você, basta acessar o site oficial mantido pelo BC, o Sistema de Valores a Receber (SVR), que voltou a ficar disponível em março de 2023. Em suma, qualquer cidadão pode realizar a consulta sem precisar sair de casa, através do site oficial do Banco Central (BC).
SVR tem R$ 7,5 bilhões para devolver
Quando o BC anunciou a data das primeiras consultas em 2022, muita gente se apressou para fazer a conta no Gov.br. Em síntese, esta é a única maneira de acessar o dinheiro “esquecido” em bancos e instituições financeiras.
No entanto, o sentimento de frustração dominou a população brasileira, pois muitos brasileiros relataram ter recebido apenas centavos. Embora a maioria das pessoas realmente tenha apenas centavos “esquecidos” nos bancos, existem alguns brasileiros com verdadeiras fortunas esquecidas em instituições financeiras.
Caso você ainda não tenha feito consulta aos valores, não deixe essa oportunidade passar. Segundo o BC, ainda existem R$ 7,5 bilhões disponíveis para as pessoas resgatarem pelo SVR, dos quais R$ 6 bilhões se referem às pessoas físicas, enquanto R$ 1,5 bilhão pode ser resgatado por pessoas jurídicas.
De onde vem o dinheiro “esquecido”?
A saber, o SVR mostra se a pessoa tem algum dinheiro a receber. Aliás, muita gente não conhecia a origem dos valores presentes em bancos e instituições financeiras e, segundo o BC, o dinheiro “esquecido” vem de:
- Conta corrente ou poupança encerradas, mas que ainda tinham saldo disponível;
- Valores cobrados indevidamente de tarifas, parcelas ou operações de crédito;
- Cotas de capital e rateio de sobras líquidas em cooperativas de crédito;
- Valores relacionados a consórcios encerrados que não foram sacados.
As pessoas que não sabem se possuem algum valor “esquecido” em instituições financeiras poderão ter uma boa surpresa neste ano. Caso você não lembre ou mesmo não tenha conhecimento se há dinheiro em contas antigas já fechadas, aguarde por um posicionamento do Banco Central para fazer a consulta e, posteriormente, o saque dos eventuais valores.
Veja como consultar os valores do SVR
Os interessados em acessar o SVR e realizar saques devem seguir os seguintes passos:
- Acesse o link https://valoresareceber.bcb.gov.br;
- Selecione a opção “Consulte Valores a Receber;
- Escolha o campo CPF ou CNPJ, a depender da pesquisa a ser feita;
- Digite o número do documento;
- Informe a data de nascimento da pessoa física ou a data de abertura da empresa;
- Escreva os caracteres que aparecem na imagem e clique em “Consultar”;
- Em seguida, vai aparecer uma mensagem informando se a pessoa/empresa tem valores esquecidos.
Dicas para não cair em golpes
O Banco Central continua alertando os brasileiros sobre os riscos de fraudes. Na primeira rodada do processo de consulta dos valores esquecidos ainda no ano passado, o BC recebeu centenas de reclamações de pessoas que só queriam realizar a consulta ao montante, e acabaram caindo em um golpe.
O BC alerta que o cidadão precisa ficar atento ao inserir os seus dados pessoais através de meios digitais remotos. A dica, aliás, vale não apenas para as pessoas que desejam consultar os valores a receber, mas também para qualquer cidadão que deseja realizar um serviço pela internet.
O BC ressalta, por exemplo, que não envia link e não entra em contato com os clientes de forma alguma para indicar os valores a receber. Em todos os casos, é o indivíduo que precisa ir ao site para realizar a consulta. O Banco Central ressalta que ninguém está autorizado a entrar em contato com clientes para tratar sobre assunto.
O BC finaliza afirmando que o cidadão não deverá clicar em links enviados por e-mail, SMS, WhatsApp ou Telegram.