Dicas de português: Pronomes pessoais, objeto direto e objeto indireto
Apontam as pessoas de um discurso
Os pronomes pessoais são associados a uma pessoa gramatical em particular, sendo ela da primeira pessoa, segunda pessoa, ou terceira pessoa. Os pronomes pessoais também podem se apresentar de formas distintas, a depender do seu número gramatical – singular ou plural -, gênero gramatical, caso gramatical, e formalidade.
Os pronomes pessoais mostram as três pessoas gramaticais: quem fala; com quem se fala; de quem ou do que se fala;
1° pessoa: eu (singular), nós (plural)
2° pessoa: tu (singular), vos (plural)
3° pessoa: ele, ela (singular), eles, elas (plural)
Além disso, se dividem em pronomes pessoais do caso reto e pronomes pessoais do caso oblíquo.
Pronomes pessoais oblíquos
Empregados como objeto direto, objeto indireto ou complemento nominal, os pronomes oblíquos também exercem a função de agente da passiva e adjunto adverbial e podem ser tônicos ou átonos.
Pronomes pessoais oblíquos tônicos
Antes dos pronomes pessoais do caso oblíquo tônicos são sempre acompanhados de uma preposição, como: “para, a, de e com”. Devem ser usados quando, na oração, o substantivo exerce função de objeto indireto. As formas “comigo, contigo, conosco, entre outros”, ainda podem ter a função de adjunto adverbial de companhia.
- 1° pessoa do singular: mim, comigo
- 2° pessoa do singular: ti, contigo
- 3° pessoa do singular: ele, ela, si, consigo
- 1° pessoa do plural: nós, conosco
- 2° pessoa do plural: vós, convosco
- 3° pessoa do plural: eles, elas, si, consigo
Exemplos de uso dos pronomes oblíquos tônicos:
- Você comprou esta blusa para mim? (objeto indireto)
- Você sabe que eu gosto de ti. (objeto indireto)
- Amanhã vou ao cinema contigo. (adjunto adverbial)
Pronomes pessoais oblíquos átonos
Esses pronomes pessoais não são antecedidos por uma preposição. Na frase, eles podem ser usados quando a palavra que substituem tem função de objeto direto (o, a, os, as, se) ou de objeto indireto (lhe, lhes).
- 1° pessoa do singular: me
- 2° pessoa do singular: te
- 3° pessoa do singular: o, a, se, lhe
- 1° pessoa do plural: nos
- 2° pessoa do plural: vos
- 3° pessoa do plural: os, as, se, lhes
Exemplos de uso dos pronomes oblíquos átonos:
- Eu comprei-o numa loja no centro da cidade. (objeto direto)
- Meu pai não a viu em lugar nenhum. (objeto direto)
- O diretor ligou-lhe, mas ele não atendeu ao telefone. (objeto indireto)
- A professora não lhes deu mais nenhuma oportunidade. (objeto indireto)
Variações nos pronomes oblíquos átonos
De acordo com o verbo a que estão ligados, os pronomes pessoais oblíquos átonos podem sofrer mudanças.
Quando a forma verbal termina em -r, -s ou -z, os pronomes oblíquos átonos assumem as formas “lo, la, los, las”:
- Ela vai seduzi-lo rapidamente.
- E o bolo? Tu faze-lo bem?
- Os papéis? Ele trá-los amanhã de manhã.
Quando a forma verbal termina em “m” ou noutro som nasal, os pronomes oblíquos átonos assumem as formas “no, na, nos, nas”:
- Fizeram-nos esperar muito!
- Eles esperam-na apenas amanhã.
Objeto direto
O objeto direto completa o sentido de um verbo transitivo direto, sem a participação de uma preposição. Ele também aponta o paciente da ação verbal, ou seja, o sujeito que sofre a ação verbal.
Os verbos transitivos diretos precisam de um complemento que conclua o seu sentido, respondendo principalmente os questionamentos: o quê? ou quem? Não precisam de preposição para determinar a regência verbal.
Os objetos diretos são representados essencialmente por substantivos, pronomes substantivos, pronomes oblíquos átonos e orações subordinadas substantivas objetivas diretas.O objeto direto completa o sentido de um verbo transitivo direto, sem a participação de uma preposição. Ele também aponta o paciente da ação verbal, ou seja, o sujeito que sofre a ação verbal.
– Objeto direto representado por um substantivo:
- Mariana comeu o quibe.
- Mirim esperava a irmã.
– Objeto direto representado por um pronome substantivo:
- Guarde isto com muito cuidado.
- Os pais fizeram tudo para a festa da filha.
– Objeto direto representado por um pronome oblíquo átono (o, a, os, as, me, te, se, nos, vos):
- O primo deixou-a sozinha.
- Ela ama-o muito.
Objeto indireto
O objeto indireto completa o sentido de um verbo transitivo indireto. Neste caso, a presença de uma preposição é indispensável, pois indica o paciente que sofre a ação verbal.
Verbos transitivos indiretos precisam de um complemento que conclua o seu sentido e devem responder essencialmente às perguntas: de quê? Para quê? De quem? Para quem? Em quem? Entre outras.
Objetos indiretos são representados por substantivos, pelos pronomes oblíquos “lhe e lhes” e por orações subordinadas substantivas objetivas indiretas.
– Objeto indireto representado por um substantivo:
- Eu duvidei da opinião do garoto.
- O aluno respondeu à pergunta da professora.
– Objeto indireto representado por um pronome oblíquo:
- Enviei-lhes toda a correspondência.
- Afasta o cachorro de mim.
– Objeto indireto representado por uma oração subordinada substantiva objetiva indireta:
- O diretor da empresa necessita de que todos os colaboradores estejam presentes na reunião.
- A professora insistiu muito em que os alunos tivessem aulas de recuperação.
Pronomes pessoais retos
Os pronomes pessoais do caso reto substituem os substantivos, tendo a função de sujeito da oração. Eles podem também assumir a função de predicativo do sujeito.
Esses pronomes indicam as pessoas do discurso, com quem fala e de quem se fala. Os pronomes pessoais do caso reto são:
- 1° pessoa do singular: eu
- 2° pessoa do singular: tu
- 3° pessoa do singular: ele, ela
- 1° pessoa do plural: nós
- 2° pessoa do plural: vós
- 3° pessoa do plural: eles, elas
Exemplos de uso dos pronomes pessoais retos
- Eu escrevi a carta.
- Tu escreveste a carta.
- Ele escreveu a carta.
- Nós escrevemos a carta.
- Vós escrevestes a carta.
- Eles escreveram a carta.
Pronomes pessoais: para eu e para tu
Em determinadas situações, é comum ter dúvidas na hora de usar um pronome pessoal do caso reto ou um pronome pessoal oblíquo, como é o caso das expressões para eu e para tu. Elas devem ser usadas quando assumem a função de sujeito, sendo seguidas de um verbo no infinitivo. Analise os exemplos:
- Façam silêncio para eu atender este cliente.
- Para eu fazer isso, vou precisar de muita paciência.
- Vê se tem algum erro para tu corrigires.