É comum que na fala coloquial o falante se sinta mais tranquilo e não tenha tanta atenção às normas gramaticais e demais elementos da norma padrão. No entanto, em ambientes mais formais, como apresentações na universidade, entrevistas de emprego ou mesmo o dia a dia no trabalho, o coloquialismo não é tão bem visto.
Desse modo, apresentamos abaixo algumas dicas de português para evitar equívocos na fala e se adequar à linguagem formal. Confira!
Onde ou aonde?
Ambas as palavras estão corretas, no entanto, muitos cometem um deslize ao empregá-las. Onde só deve ser usado para designar um lugar em que está um objeto ou pessoa, ou seja, um local fixo:
Não sei onde minha mãe deixou a roupa.
Já aonde deve considerar o valor da preposição “a” a ele agregado. Desse modo, também se refere a um local, mas com a ideia de movimento, de destino:
Aonde você vai com o meu carro?
Menos ou menas?
A palavra menos é invariável. Desse modo, não é correto do ponto de vista da norma padrão usar a palavras menas. Assim, mesmo quando se referir a palavras femininas, use menos:
Há menos crianças hoje do que ontem.
Por precaução, comprei menos vinho dessa vez.
Existe ou existem?
Diferentemente do verbo haver, que não admite plural por ser impessoal, o verbo existir pode ser usado no plural. Então, é possível usar as duas formas, mas com atenção para a adequação gramatical. Desse modo, faça a concordância de acordo com o contexto sintático da oração, considerando o sujeito:
Maria me perguntou se bruxas existem.
Existe apenas um problema com essa criança. Ela é inquieta.
Perca ou perda?
Para usar corretamente perca e perda é preciso fazer uma simples distinção: perca é um verbo, enquanto perda é um substantivo. Assim, ao empregar essas palavras, analise antes qual é a sua função na frase ou oração:
Não perca esse brinquedo, pois não comprarei outro. (verbo)
Isso é uma perda de tempo. (substantivo)
“Para eu” ou “para mim” fazer?
Por fim, nossa última dica de português traz um deslize clássico. Muitos falantes usam o pronome mim incorretamente do ponto de vista gramatical. Por se tratar de um pronome pessoal oblíquo, pela regra, não pode vir antes de um verbo exercendo função de sujeito em uma oração. Desse modo, o correto é usar “para eu fazer”, “para eu ler”, “para eu estudar” etc.
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