Os empréstimos linguísticos são comuns em todas as línguas naturais que entram em contato com outras línguas, seja por conta de fronteiras ou em decorrência da globalização. Os empréstimos refletem relações políticas, econômicas e culturais que marcam a influência de um povo sobre outro. Desse modo, é comum encontrarmos estrangeirismos nas línguas naturais, inclusive no português.
Sobre os estrangeirismos
Os estrangeirismos são os empréstimos lexicais, ou seja, são as palavras adotadas de outras língua. Nesse sentido, quando o falante emprega uma palavra, expressão ou construção alheia ao idioma tomadas por empréstimos de outra língua, ele está diante de um estrangeirismo.
Exemplo disso são as diversas palavras do inglês que usamos no dia a dia, como delivery, smartphone, skate, show, crush, shopping center, etc.
Com o passar do tempo, muitos desses vocábulos acabam se incorporando por meio de um processo natural da língua e passam a integrar o vocabulário sem que o falante perceba.
Apesar de os empréstimos serem parte de um processo natural, muitos gramáticos tradicionais e pessoas mais conservadoras temem que os estrangeirismos sejam um risco à língua nacional. Para eles, a incorporação de palavras do inglês, por exemplo, põe em risco a “pureza” e a identidade da língua. No entanto, esse processo de incorporação de vocábulos de outras línguas é antigo, trata-se de um fenômeno linguístico e social.
Atualmente, o inglês é a língua da qual o português brasileiro mais recebe influências no vocabulário. No entanto, antes do inglês, diversas outras línguas foram fonte para os empréstimos linguísticos. Um bom exemplo disso é o francês, já que no século XX a França tinha grande influência cultural no Brasil.
O português incorporou palavras do francês como abat-jour, ballet, bâton, soutien e toilette. Como se trata de um processo muito natural, essas palavras passaram a ser pronunciadas de acordo com os sons do português e hoje falamos as palavras abajur, balé, batom, sutiã e toalete como qualquer outra palavra da língua.
Curtiu o texto? Então deixe o seu comentário!