Existem duas dificuldades de quem não fala inglês que podem ser trabalhadas desde a infância até a vida adulta: o vocabulário e a pronúncia. “Sempre é possível conhecer novas palavras e expressões e melhorar sotaque e pronúncia”, afirma Márcio Cafezeiro, Diretor Pedagógico da IP School – Inglês Particular.
Cafezeiro, que aprendeu o idioma de forma autodidata, a partir dos seis anos de idade, em casa, diz que o distanciamento social e as famílias em casa podem ser uma boa oportunidade de todos aprenderem novas palavras – e não há um limite para a ampliação do vocabulário.
“A estratégia é simples: os familiares etiquetam todo tipo de objeto pela casa, com a forma correta da palavra em inglês e a pronúncia dela. Se precisarem de ajuda, podem recorrer a um professor do idioma (o mais interessante) ou a algum aplicativo. Quanto mais objetos forem etiquetados, mais os moradores da casa já alfabetizados conseguirão memorizar os nomes em inglês”, diz ele.
De acordo com o especialista, não há qualquer problema de as crianças pequenas aprenderem a falar as palavras a partir da leitura da pronúncia delas. “As crianças precisam aprender a falar o inglês exatamente como aprenderam o Português. Elas não aprenderam a falar como se escreve, mas observando outros falantes. Os pais não devem se preocupar porque, no momento certo, elas aprenderão a escrever corretamente. Se já souberem falar, o aprendizado da escrita será natural”, explica.
O educador lembra que alguns de seus alunos chegaram a nomear 5 mil objetos pela casa. Ele chama a técnica, na rede IP School – Inglês Particular, de Inventário.
“Há palavras que nunca nos lembramos, como quina, beirada, canto e fresta (dos móveis); alça, puxador, maçaneta, bandeja… Enriquecer o vocabulário nos deixa cada vez mais perto de falar como os nativos. Fazendo esse Inventário, descobrimos muitas coisas que nomeamos automaticamente em Português, mas que não temos ideia sobre como chamar em inglês”, pondera.
Para que a experiência se torne lúdica e haja aderência das crianças e adolescentes, Cafezeiro orienta os adultos a chamá-los a participar da etiquetagem.
“Nessa etapa, todos já começam a aprender, porque descobrirão palavras que nunca ouviram. Usar canetas coloridas para ajudar na identificação das peças e saber o que é mais interessante de nomear, na primeira etapa, unirá a família numa experiência diferente”, ensina.
Com o tempo, mais palavras podem ser incluídas na etiquetagem – e outros objetos podem perder as etiquetas assim que os moradores memorizarem seus nomes.
“Chegará um momento em que, à mesa, não se pedirá mais a xícara ou a faca, mas a cup e a knife. Ninguém mais fechará a janela ou a porta, mas a window e a door. E, assim, aos poucos, até os verbos poderão ser introduzidos – mas, esse assunto é para outro dia!”, finaliza o especialista.
E então, gostou de conhecer mais sobre essa estratégia para aprender inglês?
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