A evolução da tecnologia e da ciência vem garantindo cada vez mais o sucesso da medicina, seja na abordagem de doenças, como também no diagnóstico e prevenção.
Recentemente, a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) desenvolveu um novo software capaz de diagnosticar a doença de Alzheimer em apenas 15 minutos.
Vale destacar, que os diagnósticos convencionais são baseados em histórico médico, avaliações cognitiva, testes psicológicos e exames complementares, que podem levar alguns dias para garantir a confirmação da doença.
O Software desenvolvido pela Unicamp utiliza a inteligência Artificial (AI), por meio de algoritmos que comparam as áreas de massa branca e cinza no cérebro. Dessa forma é capaz de identificar a doença e até casos em estágio inicial.
Este recurso ainda garante 75% de acerto no diagnóstico, que inclusive, pode ser mais alto quando associado ao método convencional, já que este último compreende diversos fatores na abordagem incluindo testes psicológicos que podem ser bem complexos.
Ainda de acordo com os pesquisadores da Unicamp, a ferramenta não deve ser utilizada para substituir os métodos convencionais de diagnóstico da Alzheimer e sim para complementar. Além disso, o fato de detectar os estágios iniciais da doença, ainda garante um diferencial, que pode ser usado a favor do paciente.
Apesar da eficiência do software, no momento, o recurso só está disponível em laboratório, mas os pesquisadores acreditam, que em breve estará fazendo parte das clínicas brasileiras e de todo o mundo para ajudar no diagnóstico rápido e preciso da Alzheimer.
A doença de Alzheimer é uma condição degenerativa do cérebro, que geralmente, acomete pessoas com idade mais avançada.
Ela provoca um declínio das funções cognitivas como da memória, linguagem, cálculo e comportamento, inclusive, seu avanço tende a reduzir até a mobilidade e independência no dia a dia.
Ainda não há causas definidas para a doença, entretanto, este processo de perda de células cerebrais tem uma forte relação com a idade. Além disso, apesar de não ter um caráter nitidamente genético, alguns estudos destacam a transmissão hereditária da predisposição, que pode ser desencadeada após ser associada com fatores ambientais e estilo de vida.
Entre os primeiros sintomas do Alzheimer, especialistas alertam para:
Diante destes sinais, o essencial é buscar uma avaliação médica o quanto antes, pois apesar de não ter cura, a Alzheimer pode ser controlada, a fim de garantir mais qualidade de vida ao paciente.
A estabilização da doença pode ser feita através de medicamentos anticolinesterásicos . Dependendo do quadro, o médico também poderá prescrever outras substâncias, que minimizam os sintomas da doença como ansiolíticos, antipsicóticos ou antidepressivos.
Outros recursos podem ajudar a melhorar a qualidade de vida do portador de Alzheimer como manter sessões de fisioterapia regular, terapia ocupacional, além é claro, de investir em uma alimentação equilibrada e adequada à capacidade deglutição.
A prática de atividades que estimulam o cérebro e a memória também é extremamente importante, tais como jogos de memória, leituras e até pinturas e desenhos.
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