A proximidade do Dia das Mães já tem animado os comerciantes do país. A data comemorativa é muito importante para o varejo brasileiro devido ao grande volume financeiro que deverá ser movimentado.
No entanto, não são apenas os empresários do setor que comemoram a chegada da data. Em resumo, o Dia das Mães também é muito positivo para as pessoas que buscam um trabalho. Isso porque a data costuma ser marcada pela criação de milhares de vagas temporárias de emprego.
Em 2023, a expectativa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) é que haja a contratação de 21,9 mil trabalhadores temporários. Embora o número seja bastante expressivo, não deverá superar a quantidade de vagas criadas em 2022 (23,7 mil).
De todo modo, os empresários do comércio aumentam o número de empregados para atender à demanda sazonal. Assim, a circulação de pessoas nos centros comerciais do país, que cresce nas semanas que antecedem o Dia das Mães, ajuda a impulsionar a criação de vagas temporárias.
Cabe salientar que boa parte destes postos de trabalho costuma chegar ao fim após a data comemorativa. Em suma, a circulação de pessoas não se mantém no mesmo patamar, obrigando os empresários a desligarem os trabalhadores temporários.
Contudo, há muitas pessoas que se destacam em seus trabalhos e acabam tendo o contrato renovado, passando a fazer parte do quadro fixo das empresas. E é com foco nessa expectativa que muitos brasileiros que estão sem trabalho buscam uma vaga de emprego no Dia das Mães.
Salário médio de admissão cresce em 2023
A CNC revelou que, apesar da queda de 7,6% no número de vagas de trabalho temporárias criadas em 2023, o salário médio de admissão será maior que o de 2022.
Em suma, o salário deve ficar 7,2% maior que o registrado no ano passado. Segundo a CNC, as pessoas que conseguirem um emprego temporário no Dia das Mães deste ano irá receber um salário em torno de R$ 1.667,50.
A entidade também ressaltou que os estados de São Paulo e Minas Gerais irão se destacar no âmbito nacional, ao criarem 6 mil e 2,4 mil vagas temporárias, respectivamente, na data comemorativa.
“Neste ano, a demora na recuperação das condições de consumo da população tem provocado sucessivas revisões nas expectativas de crescimento da economia e do próprio varejo”, explicou Fabio Bentes, economista da CNC.
A propósito, o número de vagas criadas em 2023 também deverá ser menor que o observado em 2019, último ano antes da decretação da pandemia da covid-19. Já a taxa de efetivação deverá ficar em torno de 4,7%, abaixo da média dos anos anteriores.
Vendas devem encolher neste ano
O volume de vendas para o Dia das Mães deverá atingir a marca de R$ 13,17 bilhões em 2023, segundo a projeção da CNC. Apesar do faturamento expressivo, o volume representa uma queda de 4,1% na comparação com a movimentação financeira real observada no ano passado.
Confira abaixo o volume das vendas nacionais para o Dia das Mães nas 12 maiores unidades da federação (UFs):
- São Paulo: R$ 4,22 bilhões;
- Minas Gerais: R$ 1,29 bilhão;
- Rio Grande do Sul: R$ 1,20 bilhão;
- Rio de Janeiro: R$ 1,05 bilhão;
- Paraná: R$ 854,95 milhões
- Santa Catarina: R$ 757,85 milhões;
- Bahia: R$ 496,17 milhões;
- Goiás: R$ 439,25 milhões;
- Ceará: R$ 305,33 milhões;
- Pernambuco: R$ 284,95 milhões;
- Espírito Santo: R$ 281,79 milhões;
- Distrito Federal: R$ 211,86 milhões.
Os quatro estados com os maiores volumes financeiros projetados (SP, MG, RS e RJ), únicos a superarem a marca de R$ 1 bilhão, irão responder por 58,9% da movimentação financeira nacional.
Embora a expectativa aponte para resultados expressivos em muitas UFs, apenas quatro delas deverão ter um movimento financeiro no Dia das Mães superior ao observado em 2022. Os avanços deverão vir apenas de:
- Rio Grande do Sul: +3,6%;
- Goiás: +2,5%;
- Paraná: +2,1%;
- Santa Catarina: +0,9%.
Já entre os ramos pesquisados pela CNC, o maior volume de vendas deverá vir novamente de vestuário, calçados e acessórios, cujo faturamento estimado deve ficar em torno de R$ 6 bilhões.
Em resumo, o montante financeiro corresponde a uma queda de 3% na comparação com 2022, mas o setor continua no primeiro lugar nacional, longe do segundo colocado.
Por sua vez, o segmento de farmácias, perfumarias e lojas de cosméticos aparece em segundo lugar, com vendas previstas na casa dos R$ 2,2 bilhões.
Em seguida, deverão ficar os ramos de hiper e supermercados (R$ 1,87 bilhão) e de utilidades domésticas e eletroeletrônicos (R$ 1,7 bilhão).