O Ministério Público do Trabalho no Distrito Federal (MPT-DF) vem se reunindo com representantes da área pedagógica para detalhar os protocolos de retorno às aulas presenciais na capital. Ao MPT, a Secretaria de Educação informou que pretende reduzir o horário de funcionamento das escolas para três horas e suspender os intervalos.
O planejamento preliminar da pasta também prevê que todos os profissionais da rede pública serão testados para covid-19, que haverá revezamento de 50% dos alunos em sala de aula e que trabalhadores e estudantes do grupo de risco continuem com aulas on-line. O cronograma pode sofrer modificações de acordo com dados da pandemia no DF. Até então, as atividades presenciais nas escolas estão previstas para retornar a partir de 3 de agosto.
Os estudantes, porém, vão retornar em etapas, com a Educação de Jovens e Adultos (EJA) e a Educação Profissional em 31 de agosto, ensino médio em 8 de setembro, anos finais do ensino fundamental em 14 de setembro, anos iniciais do ensino fundamental em 21 de setembro, educação infantil em 28 de setembro e educação precoce e classes especiais em 5 de outubro.
Ensino particular
O MPT demonstrou preocupação, no entanto com o retorno das aulas presenciais de instituições particulares, que têm autonomia para decidir sobre as datas de atividades. O órgão acredita que é importante que o Governo do Distrito Federal imponha protocolos de retorno também a esses colégios e que padronize o cronograma para escolas públicas e privadas.
Aulas on-line
Os estudantes e professores do Distrito Federal vão poder acessar o aplicativo de aulas à distância do governo distrital sem ter que pagar pela internet. A Secretaria de Educação vai abrir edital para credenciar operadoras a oferecer pacote gratuito de acesso a internet para o sistema público da capital.
O governo vai pagar apenas a banda de internet gasta com o aplicativo “Escola em Casa DF”, nos celulares ou tablets. O subsecretário de Inovação e Tecnologias Pedagógicas da Secretaria de Educação, David Nogueira da Silva explica como vai funcionar a proposta. David Nogueira diz que o governo só pagará os dados consumidos pelos estudantes e professores.
O aplicativo “Escola em Casa” foi desenvolvido em parceria com a Universidade de Brasília e está disponível nas lojas virtuais PlayStore e na Apple Store. A Secretaria de Educação informou que não tem um levantamento oficial de quantos estudantes estão sem acesso à internet, e que cada escola está fazendo um mapeamento. Até a semana passada, 470 mil estudantes e 72 mil professores já haviam se cadastrado na plataforma. Fonte: Correio Braziliense