Caracterizado pelo surgimento de manchas brancas na pele, o vitiligo é uma condição, que apesar de não causar prejuízo à saúde, visto que não dói, cossa ou descama; pode interferir muito na parte emocional do paciente, já que meche com a aparência, e logo, autoestima.
As manchas, que podem ser isoladas ou espalhar-se pelo corpo todo, abrangem principalmente as regiões genitais cotovelos, joelhos, face, extremidades dos membros inferiores e superiores.
Visto que o vitiligo pode ser mais óbvio em pessoas de pele escura, os transtornos sociais e emocionais acabam sendo ainda maiores, desencadeando em muitos casos, doenças como a depressão.
Embora não seja contagioso ou implique limitações, os portadores de vitiligo ainda sofrem muita discriminação da sociedade. A falta de conhecimento sobre a condição e a busca tardia por tratamentos para seu controle prejudicam ainda mais a qualidade de vida das pessoas com vitiligo.
Causas do vitiligo
O aparecimento das manchas do vitiligo acontece devido à redução ou ausência dos melanócitos, células responsáveis pela formação da melanina, o pigmento que dá cor à pele humana.
Este processo pode ocorrer por meio de três variantes: neural, citóxica e autoimune.
- Vitiligo neural: Começa por um nevo e é provocado por substâncias que destroem os melanócitos.
- Vitiligo citóxico: Provocada pelo contato de substâncias como a hidroquinona.
- Vitiligo autoimune: O organismo produz anticorpos, que atacam melanócito ou inibem a produção de melanina.
Apesar destas teorias, para muitos especialistas o surgimento do vitiligo não tem uma causa estabelecida claramente, entretanto, pode ser muito recorrente como origem genética.
Para quem tem predisposição genética, alguns gatilhos estão associados ao vitiligo, tais como o estresse, queimadura solar e certas exposições químicas.
Tratamentos para o vitiligo
A cura definitiva das lesões causadas pelo vitiligo é considerada rara, entretanto, o controle das manifestações pode ser feito, através de pomadas à base de corticoides, loções e fototerapia.
Para os casos onde o vitiligo atinge mais de 50% do corpo, a despigmentação total da pele pode ser uma abordagem considerada.
A despigmentação total é considera uma técnica radical, por isso, muitos especialistas não indicam esta abordagem, sendo mais usada em paciente cujo tratamento de repigmentação falhou.
Nela é usada uma substância denominada monobenzona, que branqueia a pele não afetada. Há especulações, que este tenha sido o procedimento usado pelo cantor Michael Jackson.
Outra terapia de despigmentação que vem sendo estudada faz uso da solução aquosa tópica de fenol a 88%.
O fenol é muito usado em peelings químicos, inclusive, quando sua concentração chega a 88%, a coagulação proteica da epiderme pode ser constatada imediatamente. Apesar do fenol não destruir os melanócitos, ele acaba comprometendo sua atividade.
Ademais a estas abordagens, especialistas alertam que com os avanços tecnológicos e da medicina, novos remédios e procedimentos estão surgindo de forma estratégica e eficiente. Buscar um acompanhamento dermatológico, independente do grau de vitiligo é o mais indicado para evitar a evolução do quadro.
Além do acompanhamento dermatológico, o apoio psicológico também pode garantir uma melhor qualidade de vida a estes pacientes, que poderão enfrentar a condição sem abalos emocionais e lidando melhor com possíveis casos de discriminação.