Segundo o relatório de riqueza global do banco Credit Suisse, 1% mais rico da população brasileira concentrou 49,6% da riqueza no país. Ademais, a desigualdade voltou a crescer em 2020, sendo a pior em 20 anos.
Entre os anos de 2002 e 2015, vinte e dois milhões de lares passaram a ter acesso à água potável. Além disso, 24 milhões de domicílios conseguiram ter acesso à geladeira. Contudo, os resultados que eram animadores mas ainda precisavam melhorar muito para alcançar a meta estipulada pela ONU em erradicar a pobreza no país até 2030, atualmente encontram-se mais distantes do que a 5 anos atrás.
Segundo o relatório mundial sobre índices de qualidade de vida, divulgados no final do ano passado, o Brasil ocupava a 8º posição no ranking de piores países em desigualdade de renda. O país ficava atrás apenas de algumas nações africanas.
Auxílio emergencial aos brasileiros em situação de vulnerabilidade
O Auxílio Emergencial é um benefício criado no país no ano de 2020. O objetivo do auxílio é garantir uma renda mínima aos cidadãos em situação de vulnerabilidade decorrentes da Pandemia de COVID-19. No ano em que foi implementado no país, o benefício chegou a contemplar 60% da população brasileira.
A Pandemia ainda se faz presente no Brasil. Desta forma, inúmeros lares ainda são prejudicados pelo fechamento de comércios e consequentemente um alto índice de desempregos. Apesar disso, no ano de 2021, o Auxílio Emergencial atende uma quantidade muito mais restrita de brasileiros.
Ademais, os valores pagos aos beneficiários também são bastante inferiores em relação ao ano de 2020. A extensão do auxílio atualmente, oferece um benefício de no máximo R$ 375, limitado a um beneficiário por família.
Bolsa Família como ferramenta para redução da desigualdade.
O Programa Bolsa Família foi instituído pela Lei n. 10.836, em 9 de janeiro de 2004. O objetivo do programa é a transferência direta de renda a famílias em situação de vulnerabilidade econômica. O cadastro dos beneficiários é feito por meio do Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal.
Atualmente, são consideradas famílias em situação de pobreza aquelas que recebem até R$ 170,00 per capita e de extrema pobreza as que recebem até R$ 85,00 per capita. Apesar disso, cerca de 400 mil novos beneficiários do Programa Bolsa Família aguardam na fila de espera do benefício.
As famílias apresentaram no início do ano a documentação exigida pelo Ministério da Cidadania comprovando sua condição financeira. Contudo, mesmo após a confirmação de dados, ainda não receberam nenhuma parcela do benefício.
Desde 2004 o Programa Bolsa Família ajuda o país a cumprir a meta de redução de pobreza e desigualdade estipulada pela Organização das Nações Unidas. Ainda assim, a verba destinada ao programa atualmente não é suficiente para suprir as necessidades de todas as famílias em situação de vulnerabilidade no Brasil.
Portanto, mesmo com determinadas ações do Governo Federal com o objetivo de erradicar a fome e diminuir a desigualdade social no país, os auxílios não são suficientes para sanar o problema de distribuição de renda enfrentado pelo Brasil.