Quando a indústria de videogames começou, na época de Atari, Commodore e fliperama, a maioria dos desenvolvedores eram programadores radicais que se tornaram desenvolvedores de jogos porque sabiam como trabalhar na linguagem de as máquinas da época.
Foi a geração do programador de mainframe e do amador autodidata que se tornou profissional.
Com o passar do tempo, artistas tradicionais, designers, garantia de qualidade e outras pessoas tornaram-se parte do processo de desenvolvimento.
O conceito de desenvolvedores de games limitados a programadores de elite começou a desaparecer e o termo “design de jogo” foi formalizado.
Testar jogos por dinheiro tem sido o trabalho dos sonhos de inúmeros adolescentes. Por um tempo, o teste foi um caminho viável para a indústria, embora muitos rapidamente perceberam que não era o trabalho que eles imaginavam que seria.
Esse caminho funcionou por algum tempo, mas à medida que o design, o desenvolvimento e a publicação de jogos se transformavam em uma indústria multibilionária, o designer de jogos em potencial precisava de um treinamento mais formal e o escritório se tornava obsoleto.
Ainda é possível progredir do suporte técnico ou garantia de qualidade para o desenvolvimento. Entretanto, fazê-lo sem educação e treinamento de nível superior se tornou uma raridade dentro das grandes empresas de desenvolvimento.
O controle de qualidade e os testes já foram considerados um trabalho sem qualificação ou de nível básico, mas muitos editores e desenvolvedores têm equipes de teste com ensino superior e até mesmo habilidades de desenvolvimento também.
Conseguir uma posição de desenvolvimento não é apenas uma questão de ter algumas aulas de programação ou arte em seu currículo. Processos de entrevista longos, às vezes de vários dias, se interpõem entre o aspirante a desenvolvedor e seus sonhos de fazer jogos.
Programadores: quais títulos vocês enviaram? Se você ainda é um estudante universitário, qual foi seu projeto final? Você já trabalhou em um ambiente de programação colaborativa antes? Você sabe como escrever código limpo, conciso e documentado?
Artistas: Como é o seu portfólio? Você tem um comando sólido das ferramentas que usa? Você pode seguir bem a direção? Que tal a capacidade de dar feedback construtivo?
Designers de jogos ou designers de níveis: quais jogos você fez por aí? Por que você tomou as decisões que tomou sobre jogabilidade, fluxo de nível, iluminação, estilo de arte ou qualquer outra coisa que você fez para tornar seu jogo único?
Essas são as perguntas fáceis.
Entrevistas de programação frequentemente envolvem ter que ficar na frente de seus colegas de trabalho em potencial em um quadro branco e resolver problemas de lógica ou eficiência de programação.
Designers e artistas de nível podem ter que falar sobre seu trabalho em um projetor de vídeo no mesmo tipo de ambiente. Muitas empresas de jogos agora verificam a compatibilidade com colegas de equipe. Se você não conseguir se comunicar com seus colegas em potencial, pode perder a chance de um emprego para o qual seria perfeito.
O recente aumento de jogos desenvolvidos e publicados de forma independente abriu um novo caminho para aqueles que buscam entrar na indústria de jogos – mas esse não é um caminho fácil para qualquer esforço da imaginação. Requer um investimento significativo de tempo, energia, recursos e um esforço para enfrentar um mercado muito competitivo.
E o mais importante, requer que você saiba como falhar e, apesar disso, se levantar e seguir em frente para o próximo projeto até que você o faça.
E então, você gostaria de seguir na carreira de jogos?