O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apresentou um levantamento sobre a taxa de desemprego no Brasil, no segundo trimestre de 2023. A princípio, o índice sobre o período da pesquisa recuou para 8%. Todavia, alguns analistas econômicos estimavam uma redução um pouco maior, de cerca de 8,2%
A taxa de desemprego no país, no primeiro trimestre deste ano, ficou em 8,8%. De acordo com estas estimativas, o número de pessoas desempregadas no país teve uma redução entre os meses de abril e junho, indo dessa maneira, para 8,6 milhões de pessoas. Segundo o IBGE, no trimestre anterior eram 9,4 milhões de cidadãos.
Vale ressaltar que essas informações apresentadas pelo IBGE fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua). Ela faz um levantamento sobre o mercado de trabalho formal e informal. O instituto considera os empregos com carteira assinada, CNPJ e mesmo os chamados “bicos”.
Uma outra série da Pnad Contínua, referente ao trimestre até o mês de maio, aponta que o desemprego no país estava na casa dos 8,3%. O número de desocupados no Brasil estava em 8,9 milhões. A população desempregada é aquela maior de 14 anos, sem ocupação, que busca por uma vaga de emprego.
Mercado de trabalho
Analogamente, nestas estatísticas relacionadas ao desemprego no país, não são levadas em consideração as pessoas que não possuem um emprego e que não estão procurando um lugar no mercado de trabalho. Ademais, no início de 2023, com a posse de Lula, o desemprego havia aumentado, o que era esperado.
Aliás, os analistas econômicos já estimavam esse recuo no início do ano. Durante esse período, há uma maior procura por postos de trabalho, visto que há o cancelamento de alguns contratos temporários, assinados durante o período de festas no fim de ano. Portanto, esse cenário reflete uma reorganização do mercado.
Vale ressaltar que a pandemia da cvid-19 trouxe impactos negativos na economia nacional, com um grande fechamento de empresas de diversos setores e o aumento do desemprego. Com a vacinação da população brasileira, a partir do ano de 2021, houve o retorno da circulação de pessoas, e o retorno de diversas atividades.
Essa situação continuou em 2022, com a economia voltando a se desenvolver e a aumentar as oportunidades de trabalho, refletindo nos índices sobre emprego e desemprego do IBGE, como a Pnad Contínua. Deve-se observar que alguns analistas ainda veem uma situação negativa, como consequência da crise sanitária do coronavirus.
Aumento de postos de trabalho
Desse modo, os analistas econômicos, dizem que em 2023 deve haver uma certa adequação relacionada à geração de novos postos de trabalho ainda este ano. Isso se dará após uma retomada do mercado, depois de um período de índices negativos. Ou seja, espera-se que haja uma redução do desemprego no Brasil.
Aliás, é conveniente considerar que as informações divulgadas sobre a Pnad Contínua não tiveram impactos pela realização do Censo Demográfico de 2022. Normalmente, a contagem da população brasileira é amplamente utilizada para atualizar a amostragem relativa ao levantamento sobre o desemprego do IBGE.
De acordo com o Censo Demográfico do IBGE, a população brasileira, até o dia 31 do mês de junho de 2022, estava em 203,1 milhões. Essa estimativa é menor do que as previsões do instituto, a Pnad considerava cerca de 214,1 milhões de pessoas. Pode haver uma revisão sobre índices de emprego e desemprego.
Entretanto, é necessário considerar os dados do Censo Demográfico relacionados a população brasileira, por sexo e faixa etária. O IBGE ainda não divulgou esses dados. Para se avaliar o levantamento feito pela Pnad, é preciso levar em consideração um detalhadamente sobre as pesquisas do instituto.
Desemprego no país
O recuo do desemprego para 8% no último trimestre é a menor taxa para o período desde o ano de 2014. Em relação aos trabalhadores exercendo as suas atividades, a média de sua renda mensal ficou em torno de R$2.921. Considera-se esse valor como uma estabilidade em relação ao trimestre anterior.
Em conclusão, na comparação com os últimos 12 meses, a média de renda do trabalhador teve um aumento de 6,2%. O total de todos os rendimentos no país ficou em cerca de R$284,1 bilhões. O que também representa uma estabilidade na comparação trimestral. Em relação ao ano, houve um aumento de 7,2% no total.