Mensalmente, os cidadãos contribuem para o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) visando a garantia dos benefícios da Previdência, como aposentadorias, pensões, entre outros. Faz-se a contribuição através de um desconto mensal com determinado percentual incidente sobre o salário.
A partir do mês de fevereiro, como você poderá ver em detalhes na matéria deste domingo (05) do Notícias Concursos, o desconto da Previdência no salário dos cidadãos brasileiros será um pouco maior. Mas, por que? O motivo é a correção das faixas do recolhimento feita em janeiro, tendo base no INPC (Índice Nacional de Preços), fechado em alta de 5,93% em 2022.
Quanto o cidadão terá que contribuir à mais para a Previdência?
Para ficar mais claro, o que altera não é a alíquota. O valor dos benefícios sobe anualmente a fim de seguir junto com a inflação. Dessa forma, os trabalhadores precisam também desembolsar uma contribuição de valor maior para continuar recebendo.
O percentual de recolhimento varia de acordo com o salário que o cidadão recebe, iniciando em 7,5%, bem como fechando em 14%. Veja a tabela nova com as alíquotas da contribuição à Previdência Social:
- Até 1.302,00 – 7,5%;
- 1.302,01 até 2.571,29 – 9%;
- 2.571,30 até 3.856,94 – 12%;
- 3.856,95 até 7.507,49 – 14%.
Como se faz o cálculo?
O percentual é progressivo, significando que os cálculos consideram a parcela da remuneração que se enquadra nas faixas acima. Ou seja, o salário do cidadão é dividido e, em cima de cada parte, incide uma alíquota diferente.
O recolhimento é o resultado do somatório dos valores calculados. Como exemplo, veja uma simulação de um cidadão que ganha R$ 2.000,00:
Alíquota de 7,5% sobre R$ 1.302,00 (R$ 97,65) + alíquota de 9% sobre os R$ 698,00 restantes (R$ 62,82) = contribuição total de R$ 160,47.
Bom, veremos um exemplo de quem ganha R$ 5.000,00 por mês:
Alíquota de 7,5% sobre R$ 1.302,00 (R$ 97,65) + 9% sobre R$ 1.269,29 (R$ 114,23) + 12% sobre R$ 1.285,65 (R$ 154,27) + 14% sobre R$ 1.143,06 (R$ 160,02) = recolhimento final de R$ 526,17.