Demência infantil: Retardo no desenvolvimento do bebê nem sempre é autismo - Notícias Concursos

Demência infantil: Retardo no desenvolvimento do bebê nem sempre é autismo

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Banco de Imagens: Unsplash

A doença neurodegenerativa em crianças, também conhecida como demência infantil traz sintomas semelhantes ao autismo, entretanto, a condição é considerada mais grave, podendo levar até ao estado vegetativo, caso não seja realizado o tratamento adequado.

Ocasionada geralmente por alterações genéticas, a demência infantil afeta 2% das crianças, por isso a doença é considerada rara.

Segundo especialistas, a condição afeta o funcionamento do cérebro, por meio de um acúmulo de lipofuscina, que ainda não possui uma causa justificada. O resultado disso é uma intoxicação, que danifica as células cerebrais e causa o retardo no desenvolvimento.

Muitos casos são diagnosticados a partir dos três anos de idade, visto que a criança acaba apresentando uma regressão do desenvolvimento físico e mental.

Principais sintomas da Demência Infantil

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Banco de Imagens: Unsplash
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O quadro pode se manifestar entre os dois primeiros anos de vida da criança até os 10 anos, aproximadamente.

Crianças que já apresentavam um progresso no desenvolvimento ao serem acometidas pela demência infantil, começam a perder progressivamente algumas habilidades, como por exemplo, deixam de caminhar, se alimentar sozinhas e até sofrem de um atraso na linguagem.

Diante desses sintomas iniciais, a doença acaba sendo confundida com o autismo, que em muitos casos, também apresenta esse atraso na comunicação.

Apesar disso, o diagnóstico da demência infantil pode ser confirmado de forma extremamente efetiva, por meio de um exame de sangue comum, que mede a atividade da enzima lipofuscina.

Entre os principais sintomas da demência infantil, especialistas alertam para:

  • Perda progressiva das habilidades de desenvolvimento (andar, segurar objetos, se alimentar sozinho)
  • Atraso na linguagem
  • Falta de controle no esfíncter
  • Alterações de humor
  • Perda de memória
  • Ataques epiléticos

Leia também: Discriminação contra pessoas com autismo é crime e pode ser relatada em Disque-denúncia

Existe tratamento?

O tratamento da demência infantil geralmente é baseado no controle dos sintomas clínicos.

Pode haver a introdução de medicamentos para convulsão e terapias que ajudam a melhorar habilidades, como a deglutição e fala, por exemplo.

Existe também, um tratamento que interrompe a progressão da doença, feito por meio da aplicação de uma enzima intracerebroventricular ou diretamente no sistema nervoso central.

Esta enzima é capaz de reduzir o acúmulo de lipofuscina no cérebro, a fim de restabelecer as conexões perdidas ou apenas estabilizar a doença.

Apesar disso, a enzima ainda não está na lista de medicamentos ofertados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), dificultando o acesso de muitos portadores da demência infantil, visto que o valor é considerado extremamente alto no país.

Vale destacar, que mesmo sem a possibilidade de realizar o tratamento com esta enzima, outras abordagens terapêuticas que controlam os sintomas podem trazer mais qualidade de vida à criança, inclusive, prevenir agravações que levam ao estado vegetativo.

 

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